Do hall da fama ao esquecimento

As belas carruagens traziam as damas para o concerto daquela noite, no auge da fama sua agenda sempre lotada nas rodas da socialite.

A decadência do lamaçal como se despenca-se de um penhasco enterrou de lama sua fama, e desprovida da beleza externa

ficou sozinha morando num asilo da cidade, a carreira, amores passageiros o casamento ficou fora de seus planos.

Quando passa pela praça central vê o coreto que datas homenagens recebeu, já foi esquecido e serve de abrigo para cupins, traças, insetos, pássaros com pardais, refletindo o desleixo do desuso social da atualidade. Apoiada na bengala sincroniza seus passos firme como outrora desfilava na passarela entre gritos e aplausos que ao lembrar suspira fundo e soluça baixinho.

Andando pela calçada daquela rua deserta pensa: “Quando segredo guarda um coração de uma mulher”!!!!!!