Pingo. O cachorro do padre.
Pingo tem orelhas grandes que balançam no ar , quando corre.
Pingo , tem olhos redondos e brilhantes.
Pingo virou artista
Aprendeu a arte de nos encantar, não por maldade , por necessidade de
sobrevivência .
Pingo gosta da liberdade da rua
Porém se torna prisioneiro voluntário em casa de quem queira o abriga
Porque pingo sabe ,
Que as noites frias por vezes gelada
Chegou junto com a liberdade de dormir no banco da praça , junto com o bar da esquina
Pingo agora só deseja uma coberta quentinha que cubra o ronco em seu peito.
As coxinhas , os afagos e os torresmo não tem mais o mesmo gosto.
Pingo não entende porque perdeu o sabor
Pingo sente que a noite gelada
Congela sem peito, que cresceu
seu coração , coração que ocupa um pedaço pequeno em seu peito , tem que dividir espaço com esta coisa amarela e vermelha que invadiu seu peito e teima em fazer morada.
Pingo sente a grossa camada amarela que teima sair de seu lindo e delicado focinho ,assim como da boca agora teima em escorrer um caldo vermelho.
Pingo aceita qualquer mão que lhe estenda em sinal de esperança
Desde que estas mãos não lhe aperte o peito dolorido.
Ofereça água limpa
Pingo não quer muito, só ser cachorro que corre e que dorme na praça da igreja do padre.