Sabia demais sobre as teorias da vida, mas desconhecia as práticas do amor. O trabalho científico foi seu refúgio para com a ausente paixão.
Era jovem, bela, sábia, bem-sucedida, livre... Apenas sem amor.
Jamais havia se relacionado com alguém. Sua vida era pautada aos livros, seu pet e ao mundo acadêmico.
Era de se estranhar aquela notável mulher não se interessar por amor... Muitos pretendentes, mas o desinteresse era notório ao seu antissentimentalismo.
Naquele Domingo resolveu nutrir sua fé católica. A missa, a hóstia, a confissão, a bênção, o padre e a anunciação.
Visto que ali conheceu o encantamento do amor. Seu coração acelerado, o calor corporal, as lágrimas e o desejo incondicional em se entregar por completo aquele amor.
Sumiu por semanas. Ninguém sabia do seu paradeiro a partir daquele Domingo de missa.
A polícia foi acionada. Colegas ansiosos, sua prima, única parenta, aflita. A mídia investigativa noticiava o desaparecimento...
Tempos depois, a notícia: Estava casada desde então. O amor foi rápido e arrebatador. O enlace matrimonial por fim aconteceu no convento. Casou-se com Deus.