METHIOLATE ( RECORDAÇÃO DA INFÂNCIA DOS NOSSOS PAIS)

A criança brinca no sítio. Mexe com o pato, foge da ave. Tropeça na pedra, cai, chora... Vem a mãe com o methiolate. O choro aumentou, o pai diz: Pare de gritar! Tu é homem ou o que?

A criança ainda não sabia o significado de ser homem. Não pensava nisso, só queria brincar, afinal estava passando as férias no sítio do avô, e queria aproveitar cada instante.

Mesmo com um ferimento leve no joelho, subiu no pé de jamelão.

Passou a tarde toda saboreando os frutos, ficou com a boca toda roxa. Depois seus olhos se voltaram para as goiabeiras.

Comeu muita fruta, e no estômago ainda cabia mais comida! Nossa almoço da roça, galinhada, huummm!... Feita na lenha. E depois a sobremesa: os bolos, pudins... Que delícia!

As férias na roça traziam um sabor especial e, com a volta às aulas, a saudade marca no calendário o retorno ao sítio em Dezembro.

A criança foi criada com alicerce, tudo foi muito bem-vindo!

A rigidez do pai, o cuidado da mãe, um certo"afrouxamento" dos avós, os tombos na corrida pelo campo, a força para subir árvores e o descanso e prazer no saborear dos frutos.

Infância é o início do aprendizado e também alegria, apesar do methiolate.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Poeta Alexsandre Soares
Enviado por Poeta Alexsandre Soares em 07/08/2023
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