Vivendo no meio de uma turbulencia
Acorda espreguiça e o pensamento veio como vento frio lembrando o que teria de enfrentar na rotina do novo dia que acaba de apresentar-se. Aquele friozinho da manhã, afinal noite a toda foi cometida de um temporal, e uma lenta chuva ainda persiste. Resolve esquecer o trabalho e as promissórias, desligou celular e tirou telefone do gancho, e voltou a dormir e foi transportado pelo sonho a um pântano coberto de mato viscoso, não conhecia aquele local. As plantas molhadas deixam encharcado sua roupa e seu sapato, e a claridade vai sumindo o sol já se escondeu atrás do monte.
Senti cala frio, ao mudar o passo esbarrou num troco de árvore pequena, ao sacudi-la cai sobre sua cabeça, e escorre na cara gotas de águas como se fosse uma benção. Pensava na sua casa, seus meninos, e sua querida esposa, na cama e um cobertor aquecendo-o do frio. Mas teria de encarar o desconforto por onde estava passando. Ouve um estalo, seria um trovão ou batida de algo estranho no meio mata naquela serra!!!! Por um instante relutou a não acordar, mas não teve jeito pensamento retorna para cidade e sua vida. Vê a secretária eletrônica mil chamadas, e recados com milhões de atos que precisava resolver nessa vida urbana. Volta o desgaste nervoso dessa vida, lembra dos desencontros, nas incertezas, no jogo de ambições e vaidades, na procura de um amor sem importância, no prazer por prazer, na caça ao dinheiro a qualquer custo. Tomou uma decisão: pagaria todas dívidas, e se mudaria para um lugar bem retirado dos problemas urbanos, viver como camaleão e os passarinhos pulando nos ramos das pequenas e grandes arbustos.
Nisso é tocado por uma enfermeira dizendo: Seo Zé toma mais um desse comprimidinho, que o efeito do outro está acabando..............