AIURUOCA, conversando...

Conversando com uma senhora da terceira idade por nome Edna (83 anos de idade) sobre vários assuntos, ela me relatou uma história um tanto interessante.

Avó da dona Edna vivia num sítio no município de Aiuruoca, por volta de 1830 mais ou menos.

O marido da sua avó trabalhava no sítio, bem próximo, e tinha como obrigação fazer o almoço e levá-lo no local do seu trabalho, era rotina.

Família grande, tinha 10 filhos, masculinos e femininos, um deles ainda em fase de amamentação.

Certo dia da semana o marido ficou preocupado, cadê a minha esposa que não traz a minha marmita?

Resolveu ir até a sua casa pra saber o que estava acontecendo, isso não era normal, nunca tinha acontecido.

Entrou na casa, e foi até a cama onde estava a sua esposa, e ficou surpreso ao ver uma cobra jaracuçu mamando na teta dela, e o rabo da cobra na boca da criança.

Raciocinou rapidamente, pegou uma espingarda que estava dependurada num canto do quarto, esperou a cobra sair da cama, e assim que ela começou a subir no caibro, mirou e deu um tiro certeiro bem no meio da cobra, dividindo em duas partes, momento em que a sua esposa ficou muito assustada com o som do tiro, e perguntou o que estava acontecendo.

Ele explicou por que atirou, e a esposa ficou apavorada quando soube disso. Dias depois a criança faleceu por estar envenenada.