A corrida de UBER- Discretamente Sensual
Personagens:
Ana. Motorista de Uber (última corrida do dia)
Anderson. Passageiro(saindo de um reunião de trabalho)
23h de sexta-feira - noite congelante.
Anderson pergunta para a motorista do Uber: Você é a Ana?
Sim sou eu, e você é o Anderson? Sim sou eu!
Pelo retrovisor o Anderson sentiu que sua respiração mudou ao trocar breve olhar com a Ana, que estava atenta ao volante, e o observava de forma indireta, mas com um semblante acolhedor.
Diz a Ana: Seu destino é este mesmo Sr. Anderson?
Sim! Com este frio não tem lugar melhor para se passar uma noite.
O senhor já esteve lá alguma vez? Insiste Ana.
-Não! Mas um amigo indicou-me e eu não estou em condições de escolher algo diferente. Quero aquecer-me na companhia de alguém que acolha-me num aconchego.
Ana sentiu um frio que correu do sacro ou cóccix... Pensou consigo mesma: Será que é hoje?
Após um instante de silêncio, trânsito travado, Ana fita o Anderson pelo retrovisor e nota que ele está tenso, mas relaxa ao notar o olhar dela.
Ana não resistiu, a química a devorava dos pés a cabeça. Respirou fundo e indagou: Anderson, você aceita uma sugestão para espantar esse frio?
Surpreso com a pergunta, a queima roupa, ele responde: - Não creio que tenha nada a perder, afinal estou sob indicação da turma de amigos. Aceito! Gostei da forma como você me olhou e do perfume que você usa. Vou confiar na minha intuição que manda aceitar o seu convite. Onde vamos?
Ana sentiu as mãos molhadas. Não só as mãos... Após fazer o retorno, pisa fundo e segue sentido inverso ao do destino contratado pela Anderson.
Um silêncio profundo acalentava-os, de tal forma que suas essências se mesclavam num só desejo: aqueça-me! A química era perfeita.
Anderson contaminado pela explosão do tesão da Ana, pulou para o banco da frente e, de repente, faltou gasolina, pois não estava nos cálculos da Ana ter que retornar. Ali, à beira da estrada, sem calefação no carro, não tinha outra opção. Só a lua por testemunha e os vidros embaçados revelavam que o calor gerado no interior do carro era intenso...o aroma do amor de Anderson e Ana escapava pelo cano de descarga do carro, mesmo ele desligado... a combustão era intensa...
Com certeza esses dois curtiram ao pé da letra o CARPE DIEM.