Há Poder no Nome de Jesus

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Madrugada a dentro, e o casal de idosos dormia profundamente o sono dos justos no aconchego do lar... Nesse dia, a esposa repousava no quarto e o esposo num sofá, na sala.

Naquelas tantas da noite um baque de algo no piso da casa que, não deu para saber de onde viera aquele barulho.

A irmã Maria despertou do sono e levantou-se do leito sem muita demora. Não acendeu as luzes dos cômodos; e na penumbra abriu a porta do quarto bem devagar. — Àquelas horas, ela desconfiava ser uma visita indesejável...

Transpôs a sala devagar; pois, qualquer esbarrão estragaria tudo: caso Raul (o esposo) acordasse. O temperamento do marido não era tão domado como o dela e temia dele (uma vez disperto) fazer uma besteira qualquer e espantar a "caçada": desejava, ela mesma dar um flagra no intruso.

Chegou sem tropeços à entrada da cozinha; e abriu a porta cuidadosamente... sentiu o fino cheiro da noite e o olor da maconha a exalar-se em seu ambiente cristão.

Aquela casa, de tão santa até cheirava a Deus, agora invadida, impregnada, por aquele cheiro horrivel da erva maldita.

"Ai meu Jesus amado, cubra-me com Seu manto, Seu sangue preciso!" — Deve ter dito no seu clamamor, em espírito; como faz o cristão num extremo apuro.

Com a incandescência da iluminação pública, vislumbrou a silhueta de um homem, com a cabeça introduzida no espaço entreaberto da janela de vidros, girando-a; a olhar para um lado e outro. Na expectativa de encontrar algo que pudesse levar; tentava talvez adentrar ao recinto.

Com a paciência e a sabedoria que Deus lhe deu, a irmã Maria perguntou com voz macia ao homem:

— Moço, como é o seu nome?!

Sem recuar, ele parou de girar a cabeça e respondeu:

— Alexandre.

A irmãzinha não fez alarde; se quer o maltratou em palavras ou, o enxotou. Nem pensou em justiça com as próprias mãos.

Usou como arma, a autoridade Divina que lhe fora dada no dia da sua conversão a Cristo:

— Alexandre você está repreendido no nome de Jesus!

Aquilo ao invasor, fora como uma forte pancada em sua cabeça. Estremeceu em gritos de horrores...

Reuniu as forças e deu um arranco, tão grande que creio ter aluído a janela do lugar. Por muito pouco não deixou a cabeça para trás, agarrada nela.

Raul aparecera no mesmo instante como um raio, apavorado. Queria saber do acontecido, mas o homem havia evadido-se do lugar.

Na correria deixou para trás algumas sacolas com possíveis produtos subtraídos de alguém, no seu sofrido turno de trabalho ilícito.

Havia vestígios do uso de drogas, numa mesa na varanda inferior da residência, nessa dita madrugada.

Não é sabido do meliante ter perdido a vida, motivado por esse assidente; se isso aconteceu foi muito longe dali, para não incriminar a portadora da arma mais poderosa do mundo: a autoridade do nome de Jesus.

*Nemilson Vieira de Morais,

Gestor Ambiental/Acadêmico literário

(10:07:15)

Nemilson Vieira de Morais
Enviado por Nemilson Vieira de Morais em 13/06/2023
Reeditado em 22/06/2023
Código do texto: T7812752
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