Tula

Na minha infância e pré adolescência tive alguns amiguinhos travessos e ladinos como eu.

Esse tinha a apelido de Tula ele era, negro pequeno com a cara engraçada era sempre alegre, morava nas baixadas do Curuzu pelo lado da Rua Bráulio Pereira que saia na Santa Mônica.

Isso não era impedimento para que ele viesse todo dia brincar com a gente.

Um dia ele se juntou com os mais endiabrados do bairro e se ousou a roubar as mangas da minha mangueira debaixo da nossa fuça as custas de pedradas.

Essas pedradas eram muito perigosas tanto para as pessoas como para os telhados que no inverno, por conta delas nossas casas ficavam cheias de goteiras.

Para a falta de sorte de Tula uma dessas pedras pegou na cabeça da vizinha e quebrou.

Depois disso ele desapareceu!

Esquecido do ato, ele reapareceu uns dias depois, como se nada tivesse acontecido, porém nos já havíamos bolado um plano iríamos pegá-lo e amarra-lo na mangueira e deixa-lo de castigo durante uma tarde inteira.

Enquanto jogávamos buraco, gude e de vez em quando ríamos da cara dele.

Resultado, depois que o soltámos nunca mais ele atirou pedra na mangueira para derrubar manga ver.