Em torno do Messias
O Missiinha, vulgo Jiló, é fã duma piadinha, ou mais ainda duma pegadinha, como ele só ... Realizado na vida profissional, segue a realizando nos bares, lares, e outros lugares mais singulares. Cavalheiro insuspeito, no donjuanismo, costuma ser mais que perfeito... tanto é que pra casamento, nem acha jeito...
Fomos colegas de ginásio daquela turma de novatos, e repetentes, no já bem longínquo ano de 1962, na já então Velha Serrana, berço do povoamento do Cento-Oeste das Minas Gerais ...
Nossos reencontros vêm-se amiudando nos últimos anos. Missiinha já não parece curtir aquela obsessão estudantil de reluzentes sapatos pretos irrepreensivelmente engraxados em que seu único rival era o Mário Lúcio Teixeira, o Bananeira ...
Hoje, os sapatênis viraram posseiros permanentes do apurado bom gosto sartorial do Jiló...
Em torno de uma Brahma, logo upgraded por uma Heineken, provoco o amigo a razão de seu apelido ...
Sorridente, ele responde:
- Foi coisa do Ratão, o Mozart José Teixeira Filho, também coetâneo e caçador inveterado ... E a ligação tinha raiz com uma história infantil, do livro de leitura escolar As mais belas histórias, segunda série: João Jiló, que cometera o pecado de ir caçar numa Sexta-Feira Santa, e o galo, além de escapar de sua mira, ainda o gozava do alto da torre da igreja... Não atire não João Jiló...porque dói, dói, dói...
Fico aliviado ao ouvir aquela explanação tão lhana, e com toda cara da sinceridade...pois confesso que eu temia que fosse algo menos gracioso...
E aí, valho-me da deixa para perguntar ao amigo, se grafa jiló com g ou com j, ao que o Messias placidamente responde:
- Uai, Pavão, geralmente é com g...
Contesto...ou só me perco no contexto...?