O rei

Chamavam-lhe apenas de rei. Ávido, forte e contundente sabia da sua nobreza e da missão que assumira naquele reinado finito mas existente.

Havia súditos pelos seus caminhos. A percepção, a liberdade e a criatividade eram personificações da sua realeza.

Impulsivo e espontâneo naquilo que propunha desenvolver, realizava criações consideráveis, preocupava-se com os amigos e fragilizados, enérgico com os inimigos e maleável com os justos.

O rei não admitia ingratidão, sempre se preocurou em ser verdadeiro, íntegro e expressivo, porém, muitas vezes foi incompreendido e raramente aclamado.

Preparou-se para ser diferente. Amou a vida e as artes. Admirava pessoas nas quais se via representado. Deixou herdeiros, na esperança que eles mantivessem seu legado de virtude, força e justiça.

O rei, cansado de guerra e por vezes frustrado com certas atitudes do ser humano, renunciou-se e no seu silêncio celibatário deixou a vida à imortalidade dos nobres.

"É melhor ser rei do teu silêncio do que escravo das tuas palavras" (William Shakespeare).

* Texto criado para um personagem (anime) que meu filho João desenhou e me sugeriu uma história a altura da sua obra e criatividade infanto-junenil. Te AMO, meu filho!

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 06/02/2023
Reeditado em 09/02/2023
Código do texto: T7712543
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