Um Tesouro Ganho Em Sonho

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Foi contado em vídeo, que em Iporá (GO), um trabalhador rural teve um sonho e neste, orientado a ir a São Paulo, buscar um 'guardado'... a ele.

O nome da cidade e da rua não ficou claro na contação do causo, no relato. O número da casa sim: era a de n° 166. — O homem anotou para não esquecer...

"... No quintal dessa presidência (em terra paulistana) há um enterro (algo valioso), é seu". Ouviu isso nitidamente de alguém a dizê-lo nesse sonho que sonhou.

O trabalhador comunicou ao patrão sobre o sonho e que, precisava fazer essa viagem a esse estado brasileiro para buscar esse 'guardado'...

Liberado por uns dias dos trabalhos na fazenda, o moço rumou à Terra da Garoa...

Na cidade indicada, pediu ajuda a um morador local que o levou ao dito endereço.

Sendo apresentado ao morador da casa — um velhinho muito bondoso, disse: — Olha meu Senhor, eu estou aqui atrás d'um sonho... Sonhei que aqui no quintal do senhor têm um enterro pra mim.

— Sem problemas meu filho... pode procurar, se você achar é seu!

O goiano procurador de sonho, virou e revirou o quintal do senhorzinho e nada de significante encontrou.

— Não, não achei mesmo não senhor!

— Senta aí! Disse o proprietário da casa.

— Se eu fosse incutido com enterro... Eu já teria ido atrás de um. Sonho com isso direto e reto, meu filho.

Como que desenhando fazia gestos com as mãos para o piso, ao explicá-lo sobre seu sonho...

— Então: têm um pé de manga aqui, outro ali e outro acolá... O gado faz malhador debaixo deles. Quando estão se refrescando por lá, de repente vêm uma assombração, e o assusta. Ao se levantar e correr faz um barulhão... bru, bru, bru... um trupelo e vão embora. Volta e meia sonho com esse lugar.

Continuou aos detalhes do sonho...

— Nesse pé de manga aqui têm um tacho; nesse outro um garrafão; e no seguinte um pote. Todos esses vasilhames com bastante ouro. Se eu levasse mais a sério isso, eu ia lá buscar...

— Pois é... então, tenho que ir embora. Despediu-se do senhorzinho e partiu de volta a dizer de si para si:

— Tá lá onde eu moro (esse sonho).

Com os pés na "terrinha", o patrão logo o interrogou: — E aí, achou o guardado?! — Achei nada não!

— Eu falei com você... fica aí gastando dinheiro com bobagem de sonho, dá é nisso...

O peão calado estava, calado ficou.

Passou-se uns dias, amolou as ferramentas (Machado, enxadão...) bem amoladas, na calada da noite, mãos à obra...

Trabalhou até tarde da noite. Tombou o primeiro pé de manga, escavou sob as raízes e estava o pote; no segundo, o garrafão; e no terceiro o tacho, todos cheios de ouro!...

Pronto: era tudo que precisava. Como já dito ele era de Iporá. Trabalhava para esse senhor muito rico e morava em sua fazenda... com um dia ou dois do desenterro do tesouro, sem dar nenhuma notícia...

O patrão perguntou aos demais empregados:

— fulano sumiu, alguém sabe por onde ele anda? Não souberam informar. Um deles arriscou a dizer: — por certo tá trabalhando por aí.

Posteriormente campeando as vacas pelo terreno, o próprio fazendeiro deparou-se com os três pés de mangas cortados, tombados com as raízes reviradas.

Ao retornar a sede da fazenda contou logo aos empregados o que viu: — Pois não é que aquele sem vergonho achou mesmo o tesouro: encontrei os três pés de mangas arrancados e os buracos onde estava.

Por certo seu ex-peão já estava muito longe com aquela riqueza...

Rico por um sonho, pela crença e pelo esforço em conquistá-lo.

E não foi mais encontrado no seu lugar de origem, ou cercanias de lá. Ninguém sabe, ninguém viu por onde se meteu com tanto ouro que recebeu por por intermédio desse sonho.

*Nemilson Vieira de Morais,

Gestor Ambiental, Acadêmico Literário. (04:01:23)

Texto com relatos do vídeo: causo de aparição de ouro enterrado. De Alessandro Dutra, postado no YouTube há 5 anos.

Nemilson Vieira de Morais
Enviado por Nemilson Vieira de Morais em 05/01/2023
Reeditado em 09/01/2023
Código do texto: T7687659
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