VERSOS A UM GATO, E UM ADENDO
Gullar, era uma vez
Um gato preto, sua tez
Era da cor brique.
E para que não fique(m)
Querendo saber os detalhes
Vou, então, explicar-lhe(s).
Pois, sim, o gato preto,
Essa a cor do preconceito!
O seu nome era Rachid,
O que não era Richard.
Quando do trabalho chegava
Eu, ele na porta estava
E punha-se a saltitar,
Só faltava (quase) falar!
Eu gostava muito dele,
De tocar a sua pele
Digo: de alisar os seus pelos,
Que são do gato os cabelos...
(E hoje tenho uma gata, e põe
Linda nela, a gata “mamãe”)
(a Ferreira Gullar)