O BURAQUINHO NA PAREDE E O CALOTEIRO
O BURAQUINHO NA PAREDE E O CALOTEIRO
É um conto que trago desde a infância, como princípio de comportamento e como relato sobre o comportamento humano.
Recebi o conto como tendo ocorrido na roça, na zona rural.
A história se dava entre dois Compadres, vizinhos de fazenda, pessoas de meia idade.
A história conta que uma bela tarde Fulano recebeu a visita do Compadre, para uma proza no pé do fogão na cozinha da propriedade que era como era o costume de receber as visitas na região naquela época.
E logo após uma proza e outra veio o compadre visitante e lhe pediu um empréstimo de dinheiro, que precisava de um conto de reis para pagamento de uma conta que tinha que acertar, que estava vencida, mas em alguns dias ia receber umas contas e lhe pagaria do valor ao compadre do pé do fogão.
Assim dito, foi logo o compadre anfitrião lhe dizendo “PEQUE ALI NO BURAQUINHO DA PAREDE COMPADRE”, e foi o que fez o compadre visitante, foi até o local indicado no buraquinho da parede, separou o valor de “UM CONTO DE REIS”, enfiou no bolso e logo após mais uns dedos de proza se despediu e foi embora.
Passado uns dias conforme havia combinado, apareceu novamente o compadre vizinho e disse ao anfitrião logo após alguns dedos de proza no pé do fogão (fogão de lenha, que aquece o ambiente, cozinha os alimentos e aquece as conversas), “COMPADRE CONFORME LHE PROMETIDO, LHE TROXE O UM CONTO DE REIS QUE LHE LEVEI EMPRETADO , TÁ AQUI, PELO QUE LHE FOI RESPONDIDO, COMPADRE, COLOQUE NO BURAQUINHO DA PAREDE, ONDE VOS MECE PEGOU”.
O que foi feito, e depois de mais uns dedinhos de conversa, lá vai embora o compadre.
Passado uns dias a história se repete, e lá vem o compadre vizinho, pede outro empréstimo, lhe sendo indicado o buraquinho da parede, retirou levou, só que desta vez, não conseguiu cumprir a promessa de pagar o empréstimo, não trouxe o valor emprestado, não retornou o dinheiro no BURAQUINHO DA PAREDE.
Passado uns tempos, em uma certa tarde la aparece o compadre novamente, no pé de fogão e após uns dedinhos de proza, novamente pede ao compadre anfitrião um empréstimo de um conto de reis, ao que lhe foi dito, para pegar no buraquinho da parede.
Qual não foi a surpresa do vizinho compadre, ao ir ao BURAQUINHO DA PAREDE e não achar dinheiro para retirar para o empréstimo e logo comentou com o compadre anfitrião.
Mas compadre, no BURAQUINHO DA PAREDE não tem dinheiro.
Resposta imediata foi dada ao Compadre visitante, mas compadre se não tem dinheiro ai, é porque vos mercê, não trouxe de volta o valor que levou, se vos mercê tivesse pagado, trazido de volta, com certeza teria o dinheiro ai, para vos mercê agora emprestar de novo.
Assim desenxabido, o compadre visitante, após mais uns dedinhos de prosa vos embora, sem conseguir fazer o empréstimo necessário ao pagamento de suas contas.
MORAL DA HISTÓRIA, QUEM PAGA PODERÁ REAVER EMPRESTIMO QUANDO PRECISAR, POIS SEMPRE ESTARÁ A DISPOSIÇÃO NO BURAQUINHO DA PAREDE. 23.9.22