Vovô Ancelmo e suas duas mulheres

Vovô Ancelmo era um senhor muito calmo, trabalhador, morava numa cidadezinha do interior chamada Esperança, local escolhido para viver o resto da vida. Meu pai dizia que ele gostava de passear na feira, ouvir os cantadores de viola. Certo dia, nesse passeio meu pai ficou admirado com um gago vendendo algumas mercadorias, passou a rir daquela situação, e por mais que meu avô mandasse ele parar meu pai não deixava de rir. E assim, meu avô disse que por mangar tanto do gago ele acabaria gago também.

E foi isso que aconteceu, meu pai, ao chega em casa, passou a gaguejar. Meu avô era casado com vovó Maria, tiveram 8 filhos ,os quais herdaram dele o espírito de brincalhão, o interesse pela música e passeio nas feiras. Além do mais marcante, o espírito de namorador. Meu avô, desde a adolescência era charmoso e chamava atenção das garotas, característica essa, que minha avó não levou em consideração. Foi assim que ele passou a colecionar namoradas até mesmo quando se casou.

Mesmo com a minha avó doente ele não deixou de arrumar namoradas.

E parece ironia do destino, porque quando estava preste a morrer; a única pessoa que se dispôs a cuidar dele foi a nova mulher. Dizem as más línguas que ele já dormia com as duas antes mesmo de vovó adoecer. Meu pai herdou dele a fama de namorador, e de fato, ele era. Minha mãe que diga! Só sei que devido essa fama, minha mãe passou a ser uma pessoa ressentida e sempre que meu pai mudava de namorada ela dizia que ele era cópia de vovô. E dizem as más línguas que ele era, realmente , uma cópia mais que fiel do vô Ancelmo.

Rita Queiróz
Enviado por Rita Queiróz em 30/06/2022
Reeditado em 30/06/2022
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