UM HERÓI PRA SALVAR O DIA

UM HERÓI PRA SALVAR O DIA

Por ocasião do casamento do meu primo Jean, que ocorreria na cidade de Jequié, na Bahia, toda a família foi convidada, alguns de Minas, nós, de Rondônia, outros, de outros lugares; coincidiu que eu e minha esposa, cujo nome é Eni, estávamos justamente viajando de férias em Porto Seguro e tudo deu certo para que também nós nos fizéssemos presentes nessa honrosa cerimônia de primo tão amado e querido por todos.

Saímos de carro de Porto Seguro e nos dirigimos para Itabuna – BA, onde morava o Jean... Lá, reunimos em algazarra, os primos, tios e irmãos do noivo, alguns em seu apartamento, outros, no hotel, logo ao lado da sua residência.

O casamento estava marcado para acontecer em Jequié, onde a noiva e sua família moravam, Itabuna foi o ponto de encontro dos familiares do noivo. Dito isso, combinamos de sair em caravana rumo a Jequié, um dia antes do casamento.

Jean, o noivo, reservou previamente todo um conjunto de apartamentos em um hotel da cidade, para hospedar seus pais, seus primos e familiares. Fez isso, dando o nome de um representante de cada família que ali se hospedaria e foi justamente aí que se deu a confusão...

Todas as nossas famílias reunidas no saguão do hotel, cansados da viagem que durara um dia inteiro, muito movimento na BR 101, mas, mesmo assim estávamos numa conversa muito animada, pois alguns de nós não nos víamos havia muito tempo.

Então, começou a fazer a chamada para o check-in, o recepcionista do hotel:

- Senhora Francyele!

- “Senhora é a sua mãe! Não se atreva a colocar esse nome na minha ficha, meu nome é Miranda, entendeu bem?

- Mas eu não estou chamando Miranda, estou chamando Franciely, aguarde sua vez por favor!

- Escuta aqui, você que não me entendeu, meu nome é Franciely, mas se você colocar esse nome na ficha eu não respondo por mim, você vai colocar o nome de Miranda, que é meu sobrenome.

- Mas Franciely é nome de mulher!

- Todo mundo sabe disso, menos minha mãe...

- Tá bom então! Desculpa senhor Miranda, eu não tinha como saber!

- Sem problemas.

Daí, superado esse momento, o recepcionista chama o próximo hóspede:

- Senhor Eni!

- O senhor está enganado, é Senhora Eni.

- Tá brincando! Eni é nome de homem...

- Mas Eni sou eu, eu pareço homem pra você?

- Tá bom! Nem vou discutir com o nome que está no seu documento...

E parte para chamar o seguinte:

- Senhora Juracy!

- Juracy sou eu, o pai do noivo... Nada de me chamar de senhora!

Horrorizado, o recepcionista, já achando que era uma pegadinha, uma brincadeira que já ia longe demais, ri da situação e leva na brincadeira, até que, pra sua surpresa, verifica o documento e constata que aquele senhor realmente era Juracy... Seu sorriso agora ficou amarelo de vergonha e pede desculpas ao pai do noivo, partindo para o próximo hóspede!

- Senhora Lane!

- Senhor Lane César, filho do Senhor Juracy, faz o favor de corrigir.

Nessa hora o recepcionista não aguentou e, rindo de nervoso, perguntou:

- Mas não tem nenhum nome normal na família de vocês não? Os homens tem nome de mulher e as mulheres tem nome de homem! Só falta me dizerem que tem mais gente na família com os nomes assim...

Nesse momento, eu, rindo muito, me aproximei dele e disse:

- Bom, ainda tem Ismar, que é nome de homem, mas é minha tia lá de BH, tem Delaine, que é nome de mulher, mas é meu irmão, lá de Rondônia, e tem ainda o Delcy, que é nome de mulher, mas é homem, é meu tio, irmão do Juracy aqui, que é pai do Lane e também pai do noivo.

- Não acredito! Vai me dizer que você também tem nome de mulher?

- Não, meu nome é Charles, meu apelido era RAMBO!

Charles Lucevan Rodrigues
Enviado por Charles Lucevan Rodrigues em 29/05/2022
Código do texto: T7526355
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