NUMA ROÇA ÀS MARGENS DO RIO GUARIBAS
Alguns trabalhadores diaristas contratados capinavam e limpavam a plantação jovem de milho e feijão, numa roça às margens do rio Guaribas; e de repente veio uma chuva relativamente fina. Por isso, talvez não sabendo do perigo da incidência de raios em árvores e lugares descampados, os trabalhadores e o contratante, para se proteger da chuva que caía, foram se abrigar embaixo de uma grande tamarineira (tamarindo) que existe ali perto, na borda da roça, próximo a uma cerca de arame farpado. E lá ficaram a conversar e esperando a chuva fina passar.
E o tempo passando...
Entretanto, antes de a chuva cessar completamente, o contratante sem dizer nada e pensando no dinheiro que ele ia ter que desembolsar para pagar a mão-de-obra daqueles trabalhadores diaristas, dirigiu-se sozinho de volta à plantação, e pegando lá a sua enxada fincada no solo recomeçou o trabalho interrompido momentaneamente pela chuva.
Naquele instante, um dos senhores contratados para aquele trabalho, de nome Miguel, que ali também descansava um pouco e se resguardava da chuva, lá embaixo da árvore falou para os seus companheiros:
“Antônio quando contrata alguém para trabalhar para ele na agricultura, ele tem a mania feia de ficar 'jogando pedra' nos trabalhadores!”.
Foi há muito tempo...