Caboclo, Curiboca Mameluco.

Conta-se que na pacata cidade, havia um moreno descendente de índios e o branco europeu, escondia por traz de uma cara fechada, braços fortes de quem já arou os campos.

Durante tempos houve muito o que dizer sobre tal feito, principalmente depois que sentou os braços no delegado vindo lá da capital. Aquele ocorrido, deixou perplexo os nobres da cidade chegando mesmo mencionar que ""o ignorante iletrado, devia ser um burro chucro" por ter cometido tamanho desacato.

A vida cotidiana de trabalhador de sol a sol, não passava de uma rotina de deploração, dependências de fortes influências sociais para que uma vida humilde tomasse nova direção.

E o valor de não pertencer ao núcleo dos cidadãos patrícios, mantinha-o distante dos círculos sociais.

Essas causas e motivos que nos círculos sociais, estavam sempre os coronéis, os puxa saco e os capitães do mato, ele o senhor das sombras passou despercebidos, aos trancos e barrancos.

A vida dura e fria, viveu como cigano aventureiro de trecho em trecho, onde dividia o barraco com ondas de Nordestinos que migravam pelo Sul do Pais, em busca da mesma sorte, sobreviver em pleno regime militar, nos anos de chumbo.

Todo homem traz em si seu caráter sua moral e o resultado de seu suor.

Todo homem deve respeitar outro homem, para que aja diálogo.

Todos os homens são iguais, é só deixa-los nu, frente a frente e o que sobra? é um ser igual ao outro.

Conhecimento sem respeito pelas diferenças não é sabedoria.

O homem aprende até mesmo com uma criança.

Sua família é o seu maior tesouro.

Sua mãe é sagrada.

O Sol é um Deus criador.

Ame os cães eles são puro.

Não confie em outro homem quando esse homem não confia em você.

Nunca bata primeiro mas não apanhe.

O legado tupiniquim simplicidade um brado de herói ao constituir a família, e nunca- os abandonar.

Mas conta a história.

Um dia de trabalho duro lá vem o motorista pela serra.

No ônibus trabalhadores vindo da capital, de volta á suas casas.

Dia chegando ao fim, cansaço transito via de mão única ,e na rabeira do ônibus, um fusca 69.

Faróis aceso, urgência pedindo passagem, mas como abrir acesso na rodovia? se o acostamento desnivelado pode causar tamanho acidente? O motorista do ônibus, manteve se a frente do fusca, e isso causou certa ira, no então condutor do fusca 69. Pôs -se então forçar a passagem e aparelhando ao ônibus desferiu xingamentos, acusações mostrando o dedo do meio, xingando a mãe do, caipira curiboca.

O que não sabia, porém, é que a ira se fez tamanha e o sangue explodiu em vingança, onde o resultado foi uma perseguição em plena serra da Cantareira, um ônibus e um fusca 69, ameaças palavras mal colocadas vidas de pessoas. Ao parar o ônibus, dois ocupantes do fusca 69, estavam a espreita para o acerto de contas.

Todos os ocupantes do ônibus, haviam ido somente o mameluco frente a frente como dois homens.

Um dos condutor do 69, o mais jovem, desferiu um golpe de faca no motorista errando o intento passando muito perto do bucho do motorista, restando-lhe uma única opção, partir pro box, sair na porrada, foi o que fez. Agora haviam dois para segurar no braço e foi o que aconteceu. Briga, chutes e golpes defensivos, a policia foi chamada o caipira havia agredido o delegado vindo da capital e quase acaba esfaqueado pelos filho do homem da lei.

Essa história foi contado por um determinado tempo, deixando cicatrizes no caboclo que teve sua bravura manchada pelos homens covardes. Mas dizia ele, que foi gostoso dar uns murros certeiro nos dois.

Muitos até diziam que ele poderia ter sumido, assim como aqueles que sumiram, pois a época era de grande repercussão a lei sempre dava um jeito. Mas o caboclo teve tempo de contar a sua história. Pois é!!

jrobertomxnomvm
Enviado por jrobertomxnomvm em 11/05/2022
Reeditado em 23/10/2022
Código do texto: T7514069
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