MAL-ENTENDIDO
Certa vez, o filho de um agropecuarista sertanejo do interior nordestino foi estudar numa grande capital, e depois de ser aprovado no vestibular, a cada período que concluía na sua universidade, ele enviava uma carta para o seu pai, dizendo assim:
“Papai, acabei de pagar mais tantas cadeiras...” (dizia de acordo com a quantidade de disciplinas que ele concluíra na faculdade).
Só que o seu pai não sabia que, em termos de cursos acadêmicos ou universitários, cadeira também era sinônimo de disciplina, matéria... (e pagar, significava também cursar, concluir...), e, então, pensava que se tratasse de cadeira como assento. Portanto, depois de inúmeras cartas recebidas do filho, com essas mesmas palavras, o pai, sério e já meio aborrecido, perdeu a paciência e enviou a resposta:
“Meu filho, pelo amor de Deus eu lhe peço: pare de quebrar as cadeiras aí da sua escola, porque além da mesada eu não vou ficar enviando mais dinheiro para você ficar pagando essas tantas cadeiras que você sempre quebra aí! Você não era assim!”.
Mas, na realidade, o que houve foi um mal-entendido.