CONVERSA DE PREGUIÇOSOS
Num dia do passado, um grupo de homens, entre velhos, adultos e jovens, conversava à sombra de um juazeiro, enquanto o magarefe do lugar esfolava e preparava uma rês abatida para a venda da carne, ali mesmo embaixo daquela frondosa árvore. Era costume de aquele açougueiro abater bois ali naquele local, nas tardes de sexta-feira.
Entre tantas conversas daquele grupo de homens conhecidos que ali esperava para comprar carne, um deles, olhando para uma roça de plantação de arroz já no ponto de colheita, saiu com essa anedota:
“Se me dessem todo aquele arroz para eu mesmo colher só para mim, juro como eu não queria!”.
De repente um outro ali completou de forma também hilária:
“E eu estou com preguiça até de estar sentado aqui, nesta sombra!”.
E um senhor que também estava ali, depois de ouvir aquela conversa, assim falou para aqueles dois:
“Vocês me fizeram lembrar de um sujeito que conheci, o qual costumava agir da seguinte forma:
Quando ia para a roça, ele sempre levava consigo uma foice, para ir quebrando os paus das porteiras por onde ele ia passar, tamanha era a sua preguiça de abri-las.”.