A ESPOSA DO DOUTOR
Natural de uma grande capital nordestina, a orgulhosa e granfina/grã-fina esposa de um doutor sertanejo de antigamente, em visita à casa dos pais do marido, no interior onde ainda não havia energia elétrica, ao ver sua sogra dando água de um pote para seus filhos pequenos, reclamou, “Não faça isso, senhora! Meus filhos só bebem água filtrada ou fervida! Eu gosto de higiene!”. Daí a pouco, por descuido, ela mesma viu, desesperada, seus filhos pequenos se lambuzando e bebendo água suja no cocho das galinhas, no quintal da casa dos sogros.