*HISTÓRIAS DA V0VÓ
Uma História do Futuro
Já estava com 27 e apenas, tivera dois namorados de pouca significância, e, sem expectativa de encontrar outro, uma vez que era seletiva e um pouco tímida.
Na época, as moças se casavam a partir dos 14 anos e até os 22 já era chamada de vitalina, solteirona. Casavam jovem para serem domésticas do lar, não estudavam nem trabalhavam, eram parideiras obedientes. Abortar um filho com ervas amargas era crime. Diziam as avós: Deus mandou era para aceitar com resignação.
O futuro era previsto assim... Já aos cinco anos ouvia das tias e das amigas das tias: Criança linda, parece uma boneca de louça. Loira, cacheada, rosada, com certeza casará cedo e terá uma prole grande. Sem saber do significado de prole perguntou a avó. A resposta foi assustadora. Nunca terei essa tal de prole. Nem sei se quero casar, caso aconteça teria dois no máximo. Frase mais boba. Via cada mulher feia, amarrotada, gorda, desleixada, com muitos filhos.
O futuro era incerto, apesar das incertezas teve muitos apaixonados, e namorou apenas dois. Um aos dezessete anos, que desapareceu. Soube pela prima que se casara, obrigado, por ter embuchado a garota.
Confiar em quem agora? Aos vinte e sete anos, outra paixão fulminante. Ah, com esse, casaria. Jovem bem apessoado, bonito em tudo, nem precisaria descrição. Certa vez passava em uma calçada e ouvi uma prosa entre duas pessoas. Menina, essa moça ainda não teve a criança, quem é o pai mesmo? Num é fulano! Hammm? O meu amor? Saiu cabisbaixa com o coração chorando e o futuro mais incerto do que tudo que existisse nesse mundo de pessoas infiéis.
Que mundo lixo...
Já estava com 27 e apenas, tivera dois namorados de pouca significância, e, sem expectativa de encontrar outro, uma vez que era seletiva e um pouco tímida.
Na época, as moças se casavam a partir dos 14 anos e até os 22 já era chamada de vitalina, solteirona. Casavam jovem para serem domésticas do lar, não estudavam nem trabalhavam, eram parideiras obedientes. Abortar um filho com ervas amargas era crime. Diziam as avós: Deus mandou era para aceitar com resignação.
O futuro era previsto assim... Já aos cinco anos ouvia das tias e das amigas das tias: Criança linda, parece uma boneca de louça. Loira, cacheada, rosada, com certeza casará cedo e terá uma prole grande. Sem saber do significado de prole perguntou a avó. A resposta foi assustadora. Nunca terei essa tal de prole. Nem sei se quero casar, caso aconteça teria dois no máximo. Frase mais boba. Via cada mulher feia, amarrotada, gorda, desleixada, com muitos filhos.
O futuro era incerto, apesar das incertezas teve muitos apaixonados, e namorou apenas dois. Um aos dezessete anos, que desapareceu. Soube pela prima que se casara, obrigado, por ter embuchado a garota.
Confiar em quem agora? Aos vinte e sete anos, outra paixão fulminante. Ah, com esse, casaria. Jovem bem apessoado, bonito em tudo, nem precisaria descrição. Certa vez passava em uma calçada e ouvi uma prosa entre duas pessoas. Menina, essa moça ainda não teve a criança, quem é o pai mesmo? Num é fulano! Hammm? O meu amor? Saiu cabisbaixa com o coração chorando e o futuro mais incerto do que tudo que existisse nesse mundo de pessoas infiéis.
Que mundo lixo...