RELEASE SOBRE VITORIA DE SANTO ANTÃO E SEUS PONTOS HISTÓRICOS I
Vitória de Santo Antão é um município brasileiro do estado de Pernambuco, na região Nordeste do país, a 46 quilômetros da capital do estado, Recife. Em 2020, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou sua população em 139.583 habitantes, sendo o nono município mais populoso de Pernambuco, o quarto mais populoso do interior do estado e o mais populoso da Zona da Mata. Vitória de Santo Antão é a única cidade das Américas a ter Santo Antão como mecenas.
História
Cidade de Braga
Em 1626, o português Antônio Diogo de Braga, oriundo da ilha de Santo Antão, do arquipélago de Cabo Verde (ex-colônia de Portugal), passou a residir com seus familiares e construiu uma capela em homenagem a Santo Antão.
Santo Antão da Mata
Em 1774, a cidade de Braga chamava-se Santo Antão da Mata, quando já contava com uma população estimada em 4.866 habitantes. Aos sábados, aconteciam feiras livres, onde os moradores fabricavam seus produtos manualmente para atender os comboios que vinham do sertão mineiro para comprar esses itens.
Santo Antão da Mata, para além da sua situação privilegiada em termos de cursos de água, localizava-se como ponto de passagem no caminho que ia para o São Francisco pelo Vale do Mocotó. A aldeia, nessa condição, deve ter tido um importante papel comercial, no qual o fato de que “em suas feiras semanais, os tropeiros vendiam gado para abastecer Olinda e Recife, além de açúcar mascavo e mel (feito nas engenhocas da paróquia), tecidos de algodão, tecidos (em modestas oficinas domésticas) ", entre outros produtos.
Vitória de Santo Antão
Vista parcial do bairro Matriz em 2016.
Evoluindo sucessivamente da condição de vila para freguesia, passando posteriormente à categoria de vila pela Carta Real de 27 de julho de 1811, assinada pelo então Príncipe Regente D. João, o município foi oficialmente instalado em 28 de maio de 1812.
O seu território abrangia as freguesias de Bezerros e Santo Antão, ocupando uma grande área de terreno, “correspondendo, hoje, às áreas ocupadas pelos concelhos de Vitória de Santo Antão, Pombos, Chã Grande, Gravatá, Bezerros, Caruaru, Bonito, São Caetano, Sairé, Camocim de São Félix, São Joaquim, Barra de Guabiraba, Riacho das Almas e Cortês ".
Pela Lei Provincial nº 113, de 6 de maio de 1843, sancionada pelo Barão da Boa Vista, então Presidente da Província de Pernambuco, foi elevada à categoria de cidade, tendo seu nome alterado para Cidade de Vitória, em homenagem a a batalha vencida pelos pernambucanos sobre os holandeses no Monte das Tabocas. Este nome, no entanto, não permaneceu devido à existência de um Decreto-Lei que proibia a existência de duplicados na toponímia nacional.
Após muita discussão, o nome de Vitória de Santo Antão foi definitivamente aceito e reconhecido, em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto Estadual nº 952, por município, comarca, termo e distrito.
A ocupação das terras que compõem o município ocorreu no século XVII, quando fazendeiros e criadores se instalaram no vale do Tapacurá. A formação municipal iniciou-se com a chegada do português Diogo Braga, natural da ilha de Santo Antão, no arquipélago de Cabo Verde, em 1626, altura em que se instalou no terreno com o objetivo de desenvolver atividades agrícolas e pastoris. Hoje, o município é considerado o mais importante de sua mesorregião e um dos mais importantes do interior do estado, pois concentra a maior população e polariza os setores de serviços e indústria na zona da floresta pernambucana.
Chegou mesmo a ser elevada à categoria de cidade, tendo então o seu nome alterado para Cidade da Vitória, em homenagem à batalha do Monte das Tabocas.
obras históricas
Sobradinho Mourisco (Rua Imperial, 81): considerado o único remanescente da vila de Santo Antão da Mata. Edifício da Taipa, datado do início do século XVIII. É a atual sede da Academia Vitoriana de Artes, Artes e Ciências.
Estação Ferroviária: construída em 1886, já servia como 1ª parada de desembarque de passageiros e cargas com destino Recife-Caruaru. Hoje o prédio está preservado e aberto à visitação, onde funciona uma biblioteca e algumas oficinas culturais.
Instituto Histórico e Geográfico: verdadeiro cartão postal da cidade de Vitória de Santo Antão, localizado na Rua Imperial 187, bairro Matriz. O edifício acolheu a família imperial Dom Pedro II e D. Teresa Cristina, em 1859, em visita ao Estado. Erguido em 1851, o prédio chama a atenção pelo revestimento de azulejos decorados. Fundada em 19 de novembro de 1950, é uma sociedade civil cívica e cultural sem fins lucrativos.
Açougueiro municipal: construído pela Câmara Municipal e inaugurado em 6 de novembro de 1856. O açougueiro municipal é um amplo espaço com arquitetura caracterizada por arcos em seu interior.
Mercado da Farinha: construído em 1913, edifício com características idênticas às do talho municipal, com arcos no interior.
Monumento ao Leão do Coroado: reagindo à ordem de prisão que o Brigadeiro Português Barbosa de Castro lhe havia dado pessoalmente, o Capitão de Artilharia José de Barros Lima matou-o à espada no quartel do regimento, no dia 6 de março de 1817, motivando, com este ousado gesto, o início da revolução republicana que começou em Pernambuco naquela data. Ele recebeu o apelido (apelido) de "Leão Coroado".
Ao comemorar, em 1917, o centenário desse episódio memorável da história de Pernambuco, a prefeitura de Vitória, então exercida pelo prefeito Eurico Valois, batizou de Praça Leão Coroado o antigo Largo da Estação ferroviária com um monumento de um atleta, coroado de louros, leão poderoso avassalador, em homenagem ao valente patriota de 1817, obra realizada pelo escultor Bibiano Silva.
Monumento do Centenário em Homenagem a Jesus Cristo: No final do século XIX, grandes homenagens foram prestadas a Nosso Senhor Jesus Cristo, por toda a comunidade católica.
Sítio Histórico Monte das Tabocas: O Monte das Tabocas é uma área de aproximadamente 11 hectares, onde em 3 de agosto de 1645 foi palco de uma famosa batalha entre luso-brasileiros e holandeses, quando os luso-brasileiros expulsaram os holandeses do Lugar, colocar. O primeiro, liderado por Antônio Dias Cardoso e João Fernandes Vieira, arraigado nas partes altas e protegido por tabocais, derrotou os flamengos.
A Capela de Nossa Senhora de Nazaré, construída com pedras do local, foi inaugurada em 3 de agosto de 1945, dia do tricentenário da Batalha de Tabocas.
Em 9 de novembro de 1978, foi assinada a escritura de desapropriação de parte do entorno da torre principal. Na época da batalha, a vegetação era composta por enormes bambuzais, sinônimo de árvores tabocai, daí o nome de Monte das Tabocas. Outra riqueza do Site foi o Pau-Brasil. Em 11 de março de 1986, o governo estadual aprovou a tombamento do sítio histórico.
Por: Roberto Barros