Capítulo 11: Uma tragédia inesperada: A morte do menino Josias, o abalo da fé e a procura dos culpados.
Adriana Ribeiro
Conta-se que o senhor Fontes chegou a dizer a um amigo que já fora muito temente a Deus e devoto do primeiro Santo do ciclo junino que tinha o nome do seu pai, Antônio, mas que se tornara um homem sem fé em mais nada por causa de uma perda para a qual nunca encontrara explicações convincentes.
Essa história se espalhou pelas redondezas da cidadezinha do interior, pois, em cidade muito pequena essas coisas correm soltas e na velocidade dum rastilho de pólvoras. Ninguém segura “disses me disses”. Muito menos se são notícias ruins ou tratam de pessoas “interessantes” como ele.
E de acordo com essa estória triste, o fazendeiro deixou de acreditar em Deus quando testemunhou a morte de um filho pequeno, aparentemente sem doença nenhuma.
Alguns não acreditavam que fosse este o motivo, e atribuíam a sua falta de fé e sua conduta duvidosa à uma índole cruel e uma alma já amaldiçoada. No entanto, as pessoas que conheceram o fazendeiro mais de perto disseram que ele era muito caridoso, prestativo e temente a Deus. Muito devoto de Nossa Senhora da Conceição e principalmente um fiel admirador de Santo Antônio.
Além disso, os mais duros de coração chegaram a questionar o que era “um” filho diante da quantidade que ele tinha. Contando-se os 11 filhos conhecidos na localidade e presumindo-se os que acreditavam que tivesse nas demais propriedades fora do Estado. Para estes, um a mais um a menos...
Outros mais sentimentais afirmavam que o homem ficou muito abalado com a perda do filho e que chegara a proferir algumas palavras ofensivas ao Santo padroeiro cuja capela na fazenda havia mandado construir há alguns anos para a realização dos festejos anuais no dia 13 de junho.
A referida Capela era pequena, mas acomodava a família e alguns convidados com certo conforto. A estátua do Santo Antônio, não muito grande, ficava num altar de madeira que fora mandado fazer juntamente com os alguns bancos para as pessoas se sentarem na época das novenas em homenagem ao mesmo.
Foi justamente por ocasião desses festejos e para dar inicio ao período da famosa Novena que alguns consertos na capela foram iniciados. Dizem que num dia de muito serviço, pouca gente e pouco tempo eles precisaram ajeitar o telhado pra corrigir algumas pingueiras.
Chamaram então o Senhor Sizinane, o carpinteiro velho da fazenda, pai da Dona Josefa e avô materno das crianças pretas, para fazer o serviço. Além de carpinteiro experiente, ele que era também um grande conhecedor das ervas medicinais nas redondezas e os seus dotes de curandeiro, em cujas rezas e devoções se apresentava, haviam se disseminado entre os povos mais simples daquela localidade e se tornado muito respeitados na época. O Próprio Senhor fontes tinha grande respeito por suas orientações e benzeduras.
Devido à falta de ajudantes e vendo o avô ali na Capela, as crianças resolveram que queriam ajudar e, afoitas como eram, de tudo davam conta com agilidade e rapidez. De modo que pela manhã carregaram telhas, toras de madeira, baldes d’água e realizaram outros serviços sem se queixarem.
Na hora do almoço foi servido um pirão de fato e mocotó, uma comida muito comum e apreciada na região. Os pratos foram todos distribuídos e homens e meninos se sentaram para comer por ali mesmo em cima dos bancos e por entre os restos de materiais retirados da capela.
De repente o menino Josias começou a tossir e vomitar e os irmãos pensaram que ele estava engasgado. Então começaram a bater nas suas costas (coisa que se faz no desespero) com a intenção de fazer o que estava preso na garganta soltar e sair pela boca, mas de nada adiantou. Josias começou a ficar sem ar e com o rosto todo vermelho.
Quando viram que não iriam resolver, os meninos gritaram pelo avô, mas o menino Josias já estava desacordando. E dali foi ficando cada vez mais corado e o rosto foi inchando. O Senhor Sizinane pegou o neto no colo e correu para a cabana onde a dona Josefa vivia pois era proximo à Capela. Ali deitou Josias na tarimba de varas. Fez as suas rezas e benzeduras e mandou que um dos homens fosse buscar as ervas que ele precisava.
Quando este chegou com as folhas e cascas o velho fez uma infusão para banhar o corpo do garoto e também um chá para o menino beber. E dali a alumas horas, aparentemente Josias só “dormia”...
O Senhor Fontes estava viajando a negócios e não tinha como avisá-lo.
Os trabalhadores da fazenda e nem as mulheres tinham condições de levar o menino para um hospital. As mulas, cavalos e charretes estavam com o fazendeiro. Além disso, ninguém suspeitava que fosse uma doença muito grave, mesmo porque o menino Josias já estava com uma cor mais clara e, pelo que parecia, sem dor, pois não se queixara de nada nem havia chorado.
Passaram-se dois dias e a criança nem melhorava nem piorava. Tomava os chás e os banhos, mas não conseguia se levantar para nada. Passou a fazer as necessidades deitado mesmo e dizem que a única coisa que fazia era abrir os olhos quando alguém chamava. Mas nada dizia.
Às vezes os irmãos entendiam que o menino estava com sede, pois abria a boca e eles davam a água com uma colher. Noutras conseguiam fazê-lo tomar do mesmo modo um pouco de leite, mas Josias não conseguia abrir a boca direito por isso nada sólido ou pastoso, como um mingau ou pirão mole, conseguiam fazer com que ele comesse.
No terceiro dia de sofrimento e preocupação o Senhor Fontes chegou na fazenda e ao entrar na casa grande deu por falta de barulho e logo ficou sabendo que Dona Josefa e as crianças estavam na cabana deles. E ficou a par do acontecido.
Foi até lá, e passando por entre os outros filhos que estavam ao redor do casebre e o olhavam assustados, entrou ali para ver o menino e encontrou o Senhor Sizinane dando banho de ervas no doente.
Quando ele viu a criança deitada e sem reações nem para olhar para ele, perguntou o que tinha havido e num olhar demorado para o filho marejou os olhos.
Vendo a aflição do fazendeiro o Senhor Sizinane começou a dizer que as crianças haviam feito o menino pegar muito peso carregando as telhas e que com os murros nas costas na hora do engasgo eles havias feito Josias arriar a espinhela. Mas ficaria bom logo. Só era preciso ter fé e esperar.
Assim Josias passou o resto da semana daquele jeito e cada vez mais debilitado. No sétimo dia amanheceu febril. Abriu os olhos e a boca pedindo água. Ao beber a água, dada de colher pelo irmão, o menino começou a vomitar novamente, mas dessa vez havia um liquido escuro escorrendo pelo canto da boca também.
Correram para avisar o avô e o pai e logo que o Senhor Sizinane viu o neto sujo daquele sangue escurecido, disse que ele tava com hemorragia interna. E que foram os murros nas costas que os irmão lhes deram que fizeram aquilo.
Fez uns rituais místicos que dizia serem para diagnosticar o mal do enfermo e, segundo ele, nos seus procedimentos dava pra ver a criança toda ensanguentada por dentro.
Começou então a dizer que a culpa do menino estar daquele jeito era dos irmãos porque haviam colocado muito peso para ele carregar e ao invés de ajudar o irmão a desengasgar havia espancado ele. Mas continuou afirmando que o menino ficaria bom dali uns dias e seguiu realizando os seus procedimentos de cura caseira.
À noite ele deixava a Dona Josefa cuidando do menino dizendo que no dia seguinte voltaria para rezar bem cedinho pra talhar o sangue quando o sol estivesse saindo. Fizeram chás e deram para a criança beber e enquanto isso conversava com o Senhor fontes reforçando que a culpa do que a criança tava passando era dos irmãos que haviam judiado dele.
Desviaram o foco de Josias e começaram a procurar o culpado, ao qual foi prometida uma surra de Chicote cru.
Descobriram quem estava dando as telhas para que o menino Josias carregasse e então apontaram para o irmão um pouquinho mais velho, que chamava-se Manuel. Jogaram a culpa toda da enfermidade do irmão em cima dele. E dizem que aquela acusação pesou no coração da criança para o resto da sua vida. Primeiro por saber que era injusta e segundo por ver que o irmão estava sofrendo e não podia fazer nada e ainda iria apanhar por isso.
Mas esse não era o grande problema. O maior problema de todos foi que nos dias seguintes, mesmo com as rezas e chás do Senhor Sizinane, a criança não melhorava. A boca, agora num rosto que era só pele e ossos, já não se abria sozinha nem pra pedir água.
O Senhor fontes começou a providenciar a viagem para levar o menino ao hospital, mesmo contrariando o velho Sizinane, quase um sogro para ele, mas não acreditando mais no poder de cura das suas rezas e beberagens.
Dez dias haviam se passado e Josias já estava completamente prostrado. Naquela época hospital não era uma coisa lá muito comum. Ir ao médico não era um hábito praticado pelas pessoas de poucos recursos, principalmente nas regiões mais interioranas. E mesmo entre os mais abastados, era muito raro que alguém procurasse um médico com regularidade. Sendo mais fácil procurar um curandeiro, assim como fora feito.
Mas o Senhor Sizinane, apesar de toda a sabedoria que diziam ter e que segundo as pessoas testemunhavam, era quase um verdadeiro xamã, não conseguiu fazer nada para tirar o próprio neto do estado em que se encontrava.
Assim, no dia seguinte o Senhor Fontes partiu para a cidade de Estância onde havia um hospital mais próximo. Mas chegando ali o médico não lhe deu nenhuma esperança. Disse que haviam demorado demais para levarem a criança ao médico e, apesar de dar toda a assistência que se podia na época e naquela localidade à mesma - pois ainda sendo aquele um hospital bom, não era muito bem aparelhado como o da capital - no dia seguinte o menino Josias faleceu.
Não dera tempo nem de fazer um diagnóstico concreto.
E sobre os ombros do pai recaiu o peso do socorro tardio...
Continua...
Essa história se espalhou pelas redondezas da cidadezinha do interior, pois, em cidade muito pequena essas coisas correm soltas e na velocidade dum rastilho de pólvoras. Ninguém segura “disses me disses”. Muito menos se são notícias ruins ou tratam de pessoas “interessantes” como ele.
E de acordo com essa estória triste, o fazendeiro deixou de acreditar em Deus quando testemunhou a morte de um filho pequeno, aparentemente sem doença nenhuma.
Alguns não acreditavam que fosse este o motivo, e atribuíam a sua falta de fé e sua conduta duvidosa à uma índole cruel e uma alma já amaldiçoada. No entanto, as pessoas que conheceram o fazendeiro mais de perto disseram que ele era muito caridoso, prestativo e temente a Deus. Muito devoto de Nossa Senhora da Conceição e principalmente um fiel admirador de Santo Antônio.
Além disso, os mais duros de coração chegaram a questionar o que era “um” filho diante da quantidade que ele tinha. Contando-se os 11 filhos conhecidos na localidade e presumindo-se os que acreditavam que tivesse nas demais propriedades fora do Estado. Para estes, um a mais um a menos...
Outros mais sentimentais afirmavam que o homem ficou muito abalado com a perda do filho e que chegara a proferir algumas palavras ofensivas ao Santo padroeiro cuja capela na fazenda havia mandado construir há alguns anos para a realização dos festejos anuais no dia 13 de junho.
A referida Capela era pequena, mas acomodava a família e alguns convidados com certo conforto. A estátua do Santo Antônio, não muito grande, ficava num altar de madeira que fora mandado fazer juntamente com os alguns bancos para as pessoas se sentarem na época das novenas em homenagem ao mesmo.
Foi justamente por ocasião desses festejos e para dar inicio ao período da famosa Novena que alguns consertos na capela foram iniciados. Dizem que num dia de muito serviço, pouca gente e pouco tempo eles precisaram ajeitar o telhado pra corrigir algumas pingueiras.
Chamaram então o Senhor Sizinane, o carpinteiro velho da fazenda, pai da Dona Josefa e avô materno das crianças pretas, para fazer o serviço. Além de carpinteiro experiente, ele que era também um grande conhecedor das ervas medicinais nas redondezas e os seus dotes de curandeiro, em cujas rezas e devoções se apresentava, haviam se disseminado entre os povos mais simples daquela localidade e se tornado muito respeitados na época. O Próprio Senhor fontes tinha grande respeito por suas orientações e benzeduras.
Devido à falta de ajudantes e vendo o avô ali na Capela, as crianças resolveram que queriam ajudar e, afoitas como eram, de tudo davam conta com agilidade e rapidez. De modo que pela manhã carregaram telhas, toras de madeira, baldes d’água e realizaram outros serviços sem se queixarem.
Na hora do almoço foi servido um pirão de fato e mocotó, uma comida muito comum e apreciada na região. Os pratos foram todos distribuídos e homens e meninos se sentaram para comer por ali mesmo em cima dos bancos e por entre os restos de materiais retirados da capela.
De repente o menino Josias começou a tossir e vomitar e os irmãos pensaram que ele estava engasgado. Então começaram a bater nas suas costas (coisa que se faz no desespero) com a intenção de fazer o que estava preso na garganta soltar e sair pela boca, mas de nada adiantou. Josias começou a ficar sem ar e com o rosto todo vermelho.
Quando viram que não iriam resolver, os meninos gritaram pelo avô, mas o menino Josias já estava desacordando. E dali foi ficando cada vez mais corado e o rosto foi inchando. O Senhor Sizinane pegou o neto no colo e correu para a cabana onde a dona Josefa vivia pois era proximo à Capela. Ali deitou Josias na tarimba de varas. Fez as suas rezas e benzeduras e mandou que um dos homens fosse buscar as ervas que ele precisava.
Quando este chegou com as folhas e cascas o velho fez uma infusão para banhar o corpo do garoto e também um chá para o menino beber. E dali a alumas horas, aparentemente Josias só “dormia”...
O Senhor Fontes estava viajando a negócios e não tinha como avisá-lo.
Os trabalhadores da fazenda e nem as mulheres tinham condições de levar o menino para um hospital. As mulas, cavalos e charretes estavam com o fazendeiro. Além disso, ninguém suspeitava que fosse uma doença muito grave, mesmo porque o menino Josias já estava com uma cor mais clara e, pelo que parecia, sem dor, pois não se queixara de nada nem havia chorado.
Passaram-se dois dias e a criança nem melhorava nem piorava. Tomava os chás e os banhos, mas não conseguia se levantar para nada. Passou a fazer as necessidades deitado mesmo e dizem que a única coisa que fazia era abrir os olhos quando alguém chamava. Mas nada dizia.
Às vezes os irmãos entendiam que o menino estava com sede, pois abria a boca e eles davam a água com uma colher. Noutras conseguiam fazê-lo tomar do mesmo modo um pouco de leite, mas Josias não conseguia abrir a boca direito por isso nada sólido ou pastoso, como um mingau ou pirão mole, conseguiam fazer com que ele comesse.
No terceiro dia de sofrimento e preocupação o Senhor Fontes chegou na fazenda e ao entrar na casa grande deu por falta de barulho e logo ficou sabendo que Dona Josefa e as crianças estavam na cabana deles. E ficou a par do acontecido.
Foi até lá, e passando por entre os outros filhos que estavam ao redor do casebre e o olhavam assustados, entrou ali para ver o menino e encontrou o Senhor Sizinane dando banho de ervas no doente.
Quando ele viu a criança deitada e sem reações nem para olhar para ele, perguntou o que tinha havido e num olhar demorado para o filho marejou os olhos.
Vendo a aflição do fazendeiro o Senhor Sizinane começou a dizer que as crianças haviam feito o menino pegar muito peso carregando as telhas e que com os murros nas costas na hora do engasgo eles havias feito Josias arriar a espinhela. Mas ficaria bom logo. Só era preciso ter fé e esperar.
Assim Josias passou o resto da semana daquele jeito e cada vez mais debilitado. No sétimo dia amanheceu febril. Abriu os olhos e a boca pedindo água. Ao beber a água, dada de colher pelo irmão, o menino começou a vomitar novamente, mas dessa vez havia um liquido escuro escorrendo pelo canto da boca também.
Correram para avisar o avô e o pai e logo que o Senhor Sizinane viu o neto sujo daquele sangue escurecido, disse que ele tava com hemorragia interna. E que foram os murros nas costas que os irmão lhes deram que fizeram aquilo.
Fez uns rituais místicos que dizia serem para diagnosticar o mal do enfermo e, segundo ele, nos seus procedimentos dava pra ver a criança toda ensanguentada por dentro.
Começou então a dizer que a culpa do menino estar daquele jeito era dos irmãos porque haviam colocado muito peso para ele carregar e ao invés de ajudar o irmão a desengasgar havia espancado ele. Mas continuou afirmando que o menino ficaria bom dali uns dias e seguiu realizando os seus procedimentos de cura caseira.
À noite ele deixava a Dona Josefa cuidando do menino dizendo que no dia seguinte voltaria para rezar bem cedinho pra talhar o sangue quando o sol estivesse saindo. Fizeram chás e deram para a criança beber e enquanto isso conversava com o Senhor fontes reforçando que a culpa do que a criança tava passando era dos irmãos que haviam judiado dele.
Desviaram o foco de Josias e começaram a procurar o culpado, ao qual foi prometida uma surra de Chicote cru.
Descobriram quem estava dando as telhas para que o menino Josias carregasse e então apontaram para o irmão um pouquinho mais velho, que chamava-se Manuel. Jogaram a culpa toda da enfermidade do irmão em cima dele. E dizem que aquela acusação pesou no coração da criança para o resto da sua vida. Primeiro por saber que era injusta e segundo por ver que o irmão estava sofrendo e não podia fazer nada e ainda iria apanhar por isso.
Mas esse não era o grande problema. O maior problema de todos foi que nos dias seguintes, mesmo com as rezas e chás do Senhor Sizinane, a criança não melhorava. A boca, agora num rosto que era só pele e ossos, já não se abria sozinha nem pra pedir água.
O Senhor fontes começou a providenciar a viagem para levar o menino ao hospital, mesmo contrariando o velho Sizinane, quase um sogro para ele, mas não acreditando mais no poder de cura das suas rezas e beberagens.
Dez dias haviam se passado e Josias já estava completamente prostrado. Naquela época hospital não era uma coisa lá muito comum. Ir ao médico não era um hábito praticado pelas pessoas de poucos recursos, principalmente nas regiões mais interioranas. E mesmo entre os mais abastados, era muito raro que alguém procurasse um médico com regularidade. Sendo mais fácil procurar um curandeiro, assim como fora feito.
Mas o Senhor Sizinane, apesar de toda a sabedoria que diziam ter e que segundo as pessoas testemunhavam, era quase um verdadeiro xamã, não conseguiu fazer nada para tirar o próprio neto do estado em que se encontrava.
Assim, no dia seguinte o Senhor Fontes partiu para a cidade de Estância onde havia um hospital mais próximo. Mas chegando ali o médico não lhe deu nenhuma esperança. Disse que haviam demorado demais para levarem a criança ao médico e, apesar de dar toda a assistência que se podia na época e naquela localidade à mesma - pois ainda sendo aquele um hospital bom, não era muito bem aparelhado como o da capital - no dia seguinte o menino Josias faleceu.
Não dera tempo nem de fazer um diagnóstico concreto.
E sobre os ombros do pai recaiu o peso do socorro tardio...
Continua...