FINITUDE COM DIGNIDADE
 
Eu tenho um grande amigo, que era apaixonado pelo seu cão, um esbelto Rotweiller, mas um dia o seu cão ficou doente, ele já tinha uma idade avançada para um cão que tinha uns oito anos, era a idade de um cão idoso. Meu amigo fez as consultas com veterinários e foi diagnosticado que o seu cão era portador de uma doença incurável e que pela idade não seria aconselhável uma operação.
 
 Um tratamento poderia lhe dar-lhe uma sobre vida, e consequentemente um maior sofrimento tanto para o cão como para os seus donos.
 
 O meu amigo resolveu fazer uma eutanásia pelo sistema do Budô, e o sofrimento do seu cão chegou ao fim com dignidade que muitas pessoas desejariam, mas não conseguem este direito, por leis e pelas religiões. As leis ainda poderão algum dia mudar, e as religiões, que envolvem condições de fé, e cada um deve viver conforme a sua crença. Mas eu me refiro como ser humano e com um pensamento em realidade e não em ficção.  
 
Nós nascemos sabendo que a nossa vida será finita. Não sabemos quando vamos nos despedir dela, mas isto é uma verdade biológica, e a forma de morrer pode ser trágica, ou não, mas às vezes ela pode ser digna dependendo da nossa vontade ou da vontade de quem nos está cuidando.
 
Se dependermos dos médicos, eles farão tudo o que a medicina possa oferecer para nos dar uma maior chance de sobrevida. Mas tem também o outro lado da história. Uma verdadeira indústria da ganância de tudo o que for preciso para manter-lhe a vida ultrapassa os limites coerentes como se a vida pode ser controlada com o dinheiro, mas no máximo seria manter a vida um pouco mais longeva e também mais sofrida,  principalmente quando a pessoa esta muito velha e com doenças incuráveis, que é ao que estou me referindo.   
 
Se levarmos em consideração o elevado número de pessoas que morrem por muitos motivos, mas se referindo propositalmente, nas mortes por  assassinatos, e pelos trânsitos aéreos e terrestres e das doenças provocadas pelo próprio ser humano, é em tamanho de grandeza que chega a ultrapassar mais de um milhão de pessoas por ano, no mundo. Então eu pergunto – parece-me que o ser humano não preserva tanto o valor com a vida, como seria o que todos deveriam almejar, ou então os que “DIRIGEM” o mundo já teriam tomado alguma providência para minimizar esta estatística. Isto é um fato, o mundo perde milhares de pessoas anualmente, por culpa do homem que poderiam continuar vivas, ou pelo menos uma grande parte delas.
 
Agora voltamos ao ser humano que já tenha ultrapassado a sua vida útil, onde viveu bastante e cumpriu com todas as suas obrigações e tem alguma doença incurável, e às vezes progressiva, aonde o vai matando aos poucos, junto com o sofrimento da sua família e aumentando o crescimento da cara indústria de não salvar, mas dar uma sobrevida e ao mesmo tempo em que jovens estão morrendo por nada. Para que?
 
“NÃO SERIA MELHOR QUE PELO MENOS NO FINAL DA VIDA OU DE UMA DOENÇA INCURÁVEL TIVÉSSEMOS UM TRATAMENTO GRATUÍTO” Ou  seria melhor dar ao paciente um final de vida com dignidade. Vocês lembram do juramento feito por um médico?  Acredito que muitos devem preservar.
 
 Volto a dizer se a vida é tão importante como julgamos ser, porque deixamos morrer tantas pessoas por ano, e evitamos deixar a nossa vida alguma pessoa que merecem abandonar o nosso mundo com dignidade como o cão do meu amigo, ou será que um cão merece mais respeito do que nós humanos? – para refletir.
 
“É UM PENSAMENTO MEU, COM TODO O RESPEITO AOS QUE PENSEM DIFERENTE”
 
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 22/09/2021
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