UMA VIDA CHEGANDO
AO FIM

 
Em Julho de 2011, eu estava, assistindo um programa de televisão, quando apresentaram uma reportagem de um lindo leão com a vida pedindo socorro. Era um Leão com a idade avançada, e fazendo uma comparação como seres humanos, ele estaria tetraplégico. O repórter perguntou, para a dona do animal agonizante - já falaram para vocês fazerem uma eutanásia do animal: ela falou que o animal realmente estava muito doente e no final da sua vida e que iria permanecer ali deitado, solicitando atenções especiais e um gasto de R$ 18.000,00 mensais, mas sua vida ainda se fazia presente e apesar de terem que buscar ajudas financeiras fora, para mantê-lo vivo eles iriam continuar dando-lhe a assistência que necessário fosse.
 
Então eu fiquei pensativo no meu pensamento e raciocinando, não sei se estou certo, mas como pode haver tanto sacrifício para manter uma vida, mas sem vida real, seja de animais ou de pessoas humanas, com tanta dedicação, que, aliás, a meu ver animais ou pessoas devem ter os mesmos direitos, ao passo de que quantos animais são mortos e alguns até com crueldade, para saciarmos a nossa fome e ninguém pensa em não matá-los, mas um animal que está sofrendo, sem chances de recuperação - esse não pode sacrificá-lo mesmo sem causar-lhes sofrimento, para o seu próprio bem, ou é para o bem de pessoas que lhe estão a sua volta, como amigos e veterinários que estão lhe dando mais longevidade ou ampliando o seu sofrimento, mas são dos seus interesses.
 
Nós seres humanos, onde eu estou incluído, não temos a mínima preparação com a morte. Matamos milhares de vidas, sem necessidades, por vários motivos, mas quando devemos matar uma vida em sofrimento e que não tem volta, aí não fazemos. Quando vamos parar com esta nossa crueldade usando argumentos inconcebíveis e não compreensíveis. Preferimos fazer com que o resto de vida continue sendo um grande sofrimento para o enfermo e seus “responsáveis”, mas continuamos a matar as vidas pelo mundo.
 
 Um dia o ser “humano” deve aprender mais sobre a vida e entender melhor a morte, e compreender que a morte também pode ser digna.  Ou quem sabe se conscientizar de que na vida ninguém sairá vivo. É uma questão de tempo, mas ela poderia ser menos sofrida.
 
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 20/09/2021
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