NOSSO ANDAR ROMÂNTICO
 
Eu e minha esposa Iara, mas que prefiro chamá-la de LALINHA, que é um apelido carinhoso que seu pai tinha escolhido. In memoriam.
 
 Resolvemos fazer uma odisséia pelos recantos da Colina do Sol/RS, e eu quero relatar o NOSSO ANDAR ROMÂNTICO, como eu o vejo. Isso foi em 2004.
 
Ao sairmos da nossa cabana, o nosso primeiro cenário que fica exatamente em frente. É a PRAÇA DO SOL, não podemos deixar de contemplar as árvores de várias culturas em crescimento, e um pé de GUAPURUVÚ, bem no centro da praça, majestoso, todo exibido, apesar de ser apenas um adolescente, querendo competir em altura com as demais árvores e tentando querer ser o campão em elevação.
 
A Colina do Sol tem uma topografia acidentada, o que lhe dá uma beleza única e incomparável.   Ao dar a continuidade do NOSSO ANDAR ROMÂNTICO, enfrentamos caminhos sinuosos embelezados por árvores nativas e frondosas, às vezes circundadas por bonitas flores que nos fazem descontinuar para sentir mais de perto os seus aromas e suas belezas.  
 
 Logo em seguida descemos um declive onde o local parece nos empurrar para compensar a subida próxima que é um aclive, onde ele nos diz que devemos ir sem pressa.  Após a subida já sentimos o coração bater com outra arritmia, anunciando os resultados saudáveis de um andar livre e desnudo, sentindo o tocar da aragem em contato com os nossos corpos, como se fosse uma carícia emanada da natureza.
 
 Dirigimo-nos a seguir por uma estrada serpenteada e com suas laterais exibindo por verdes gramas e com as árvores em suas extensões, tentando se abraçar em suas partes superiores, oferecendo uma paisagem como se estivéssemos em um túnel verde. Que só ali existem.  O passar é como se estivéssemos numa elegante passarela, e a assistência é toda aquela natureza exuberante e muda nos reverenciando.
 
Terminado o andar por esta passarela, passamos pelo Camping da Colina a central de atendimentos aonde vemos algumas pessoas que por cortesia a saudamos.
 
 Depois de deixarmos o camping, e seu belo lago, onde várias pessoas estão concentradas em suas pescarias relaxantes, entramos noutra passagem adentrando o mato, quando vimos e escutamos, os vários tipos de pássaros, emitindo os seus cantos nos louvando, como se tivéssemos desfilando para eles.
 
 Agora começamos a entrar na área central com as suas dezenas de cabanas, rústicas dando uma impressão que estamos em outro mundo, um mundo contado em filmes de sonhos. Mais algumas pessoas encontradas, que também são saudadas por nós.
 
 A seguir começamos a pisar numa passarela toda construída com pedras rústicas da própria Colina e andamos pela sua extensão, mantendo o nosso desfile, até chegarmos a PISCINA DE PEDRA, que é considerada uma grande obra parecendo uma escultura natural.  Uma marca da Colina, pois não tem outra igual. Ela é imponente, por ser realmente toda de pedras.
 
 Agora já sentindo os nossos corpos um certo cansaço, pelo andar naqueles espaços, contextura formosamente acidentada, alcançamos, à cancha de bocha onde o dever habitual nos permite dar uma parada para disputar uma amistosa e relaxante partida onde a vitória é o que menos importa. Após a ginástica com o manuseio das bochas, vamos ao encontro da nossa querida prainha, que é o recanto mais turístico e amável da nossa comunidade, com um belo lago abraçadas por areia e um esverdeante gramado fazendo lhe uma majestosa moldura, tendo como adorno, dois guarda-sóis rústicos encobertos por capim santa fé, dando uma sombra protetora  e um  charme especial. Da vontade de ali ficarmos por um momento para curtirmos um belo relax. Mas devemos contnuar o nosso passeio romântico, e esperar um momento mais próprio para desfrutar o relax que agora estava pedindo.
 
Nosso andar vai terminando, depois da passagem pelo lago maior até chegarmos a dois lagos menores, todos ornamentados com uma beleza inigualável, onde podemos ver algumas obras de artes que adornam as suas encostas.
 
Tendo como atrativo principal, uma ilha no centro com uma fonte de pedra e uma luminária, que cativa os nossos olhos e até parece que quer chamar as nossas a atenções. Não tem como passar, sem olhá-la.
 
 A Ilha esta em perfeita combinação e sintonia com a PRAÇA ILHA DO SOL. Que esta situada bem a sua frente, como se ali estivesse para admirá-la e zelá-la como seu guardião.
 
 Confrontando com esta beleza descrita, está situado privilegiadamente “um palco”, ou melhor, a cabana de João Neri e da Lalinha, onde o NOSSO ANDAR ROMÃNTICO termina, mas haverão outros com caminhos e paisagens que apresentarão visuais diferentes desses vividos por nós nesse neste momento.
 
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 20/09/2021
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