Curou fácil a prisão de ventre, do paciente

Olhou e examinou diretamente a cara do paciente Seu Cisco (nome verdadeiro: Francisco).

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— Quer dizer então, Seu Cisco, que o senhor já provou de todo medicamento e de toda erva medicinal ou de chás, mas não fica curado da prisão de ventre... e até vejo aqui, pelos exames, que não foram apontados problemas de doenças sérias que apontassem uma causa?

— É isso, sim, doutor. Continuo entupido.

— O senhor costuma sorrir, Seu Cisco?

— Eu costumava rir muito... mas desde que meu time caiu para a série “B”, até mesmo meu casamento tem mais graça pra mim mais não.

— Nada mesmo? Nem piada?

— Acho mais graça em nada não, doutor!

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De repente, o médico contou uma piada que sempre era um recurso para descontrair pacientes. E até aquele momento não houve quem não risse, principalmente por ser contada aquela piada por um médico que parecia não ser bem-humorado.

O paciente Seu Cisco, após ouvir a piada, ficou de repente roxo. Colocou os dedos polegar e indicador apertando o nariz, como se fosse para mergulhar na água de uma piscina.

O médico aproveitou e, em cima da reação do paciente, contou outra piada. Desta vez, uma piada bem sem-vergonha que só poderia ser contada entre homens.

O paciente Seu Cisco ficou ainda mais roxo e uma explosão se escutou dentro do consultório e até na recepção do consultório, seguida de gargalhadas.

Seu Cisco acabava de encher as calças.

Então, o médico explicou ao Seu Cisco que o problema sempre foi emocional. Toda vez que ele forçava a natureza para não rir e evitar gargalhadas, isso refletia no seu sistema digestivo e o intestino ficava preso. Por isso, tinha precisado de uma dose bem forte de humor para soltar tudo que estava preso.

Daquele dia em diante, Seu Cisco procurou todo dia rir um pouquinho porque tinha medo de ficar entupido outra vez, ou de rir no momento errado e acabar soltando tudo de uma vez.

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Da série: “Se preferir, não ria”