Apelidos ou Bullings? Parte 5
12-Casca Dura (André do Cavaquinho – in memoriam)
André era um débil mental que vivia na nossa cidade e gozava de grande prestígio no meio politico, eclesiástico e etc.
Não sabemos a origem do seu apelido, mas isso não vem ao caso. Eu o apelidei somente uma vez e quase fui agredido com uma banda de tijolo arremessada pelo mesmo. Mas não foi por essa reação hostil e compreensível, diga-se de passagem, que parei de chamá-lo de “Casca Dura”.
Certa vez, cedo da noite eu vinha da casa de minha tia que morava na rua do cinema, quando ouvi um som vindo da frente do muro do colégio das freiras. Era uma melodia linda cantada e tocada com uma maestria singela, sob os ares da celestial (não me recordo o nome da canção).
Era André com o seu cavaquinho. Eu ouvi atentamente e sai agradecido e feliz por ter sido tocado na minha alma criança (eu tinha apenas 9 anos de idade). Contei o acontecido aos meus pais...
Depois desse dia quando o encontrava, chamava pelo seu nome e perguntava sempre pelo seu cavaquinho de notas da magia.
Obrigado! André pela lição de vida.
Que Deus o tenha.
13-Careca ou Carequinha (Edson)
Edson é meu irmão, o segundo da nossa família. Ele foi protagonista de uma história inusitada, a qual deu origem ao seu nobre apelido.
Cortávamos os nossos cabelos com Eduardo barbeiro, no centro da cidade. O estilo sempre era zero, ficando tão somente o famoso topete na frente da dupla de irmãos.
Era um costume habitual do meu pai, deixar a gente na barbearia e sair para fazer algumas compras nas lojas e bater papo com os amigos. Ele sempre dava as ordens para Eduardo continuar com os mesmos protocolos.
- Eduardo dê uma podada nos cabelos dos meninos! (era a palavra de ordem sempre)
Pela ordem, por ser o mais velho eu era o primeiro para entrar na famosa máquina zero. Tudo legal, tudo normal e tudo natural, naturalmente e aparentemente. Confesso que gostava de cabelos grandes, aceitava aquela condição por livre e espontânea pressão.
Chegou a vez de Edson, e ele me disse que ia mandar aparar apenas. Eu avisei que o nosso pai não iria gostar da sua ideia.
Concluído os trabalhos ficamos sentados numa cadeira esperando seu Edinho. Quando nosso pai chegou viu a cena mandou imediatamente, Eduardo passar a máquina zero seguindo o mesmo perfil.
Ele saiu disse que logo voltaria. Quando pai deu as costas Edson pediu a Eduardo que zerasse sua cabeleira. Na volta pai esbravejou com Eduardo, que se justificou.
Em casa pai deu uma surra histórica em Edson digo Careca. E aih a história se espalhou continuando até hoje. O seu apelido virou uma marca. Ainda ontem conversávamos sobre o assunto com divertidas gargalhadas, num encontro familiar.
Até a próxima.
Abraços!
Imagem da Internet
12-Casca Dura (André do Cavaquinho – in memoriam)
André era um débil mental que vivia na nossa cidade e gozava de grande prestígio no meio politico, eclesiástico e etc.
Não sabemos a origem do seu apelido, mas isso não vem ao caso. Eu o apelidei somente uma vez e quase fui agredido com uma banda de tijolo arremessada pelo mesmo. Mas não foi por essa reação hostil e compreensível, diga-se de passagem, que parei de chamá-lo de “Casca Dura”.
Certa vez, cedo da noite eu vinha da casa de minha tia que morava na rua do cinema, quando ouvi um som vindo da frente do muro do colégio das freiras. Era uma melodia linda cantada e tocada com uma maestria singela, sob os ares da celestial (não me recordo o nome da canção).
Era André com o seu cavaquinho. Eu ouvi atentamente e sai agradecido e feliz por ter sido tocado na minha alma criança (eu tinha apenas 9 anos de idade). Contei o acontecido aos meus pais...
Depois desse dia quando o encontrava, chamava pelo seu nome e perguntava sempre pelo seu cavaquinho de notas da magia.
Obrigado! André pela lição de vida.
Que Deus o tenha.
13-Careca ou Carequinha (Edson)
Edson é meu irmão, o segundo da nossa família. Ele foi protagonista de uma história inusitada, a qual deu origem ao seu nobre apelido.
Cortávamos os nossos cabelos com Eduardo barbeiro, no centro da cidade. O estilo sempre era zero, ficando tão somente o famoso topete na frente da dupla de irmãos.
Era um costume habitual do meu pai, deixar a gente na barbearia e sair para fazer algumas compras nas lojas e bater papo com os amigos. Ele sempre dava as ordens para Eduardo continuar com os mesmos protocolos.
- Eduardo dê uma podada nos cabelos dos meninos! (era a palavra de ordem sempre)
Pela ordem, por ser o mais velho eu era o primeiro para entrar na famosa máquina zero. Tudo legal, tudo normal e tudo natural, naturalmente e aparentemente. Confesso que gostava de cabelos grandes, aceitava aquela condição por livre e espontânea pressão.
Chegou a vez de Edson, e ele me disse que ia mandar aparar apenas. Eu avisei que o nosso pai não iria gostar da sua ideia.
Concluído os trabalhos ficamos sentados numa cadeira esperando seu Edinho. Quando nosso pai chegou viu a cena mandou imediatamente, Eduardo passar a máquina zero seguindo o mesmo perfil.
Ele saiu disse que logo voltaria. Quando pai deu as costas Edson pediu a Eduardo que zerasse sua cabeleira. Na volta pai esbravejou com Eduardo, que se justificou.
Em casa pai deu uma surra histórica em Edson digo Careca. E aih a história se espalhou continuando até hoje. O seu apelido virou uma marca. Ainda ontem conversávamos sobre o assunto com divertidas gargalhadas, num encontro familiar.
Até a próxima.
Abraços!
Imagem da Internet