A gameleira - BVIW
A árvore do terror (conto)
Dona Leocádia alertava o filho que voltava tarde para casa, na fazenda, montado a cavalo.
-Você abusa da sorte, Geraldo! Quantas vezes preciso lhe contar as histórias da gameleira da encruzilhada do Morro Alto? Aconteceu com gente da nossa comunidade, menino!
-Mãe, não tem como eu voar até o Sobradinho. E não posso deixar de viver, socado aqui na roça, só pensando em trabalho. As moças estão lá, do outro lado da gameleira, ora!
E tirava as tralhas da montaria, com vigor. O cavalo estava agitado. Dona Leocádia, que nasceu na roça, percebeu o humor do cavalo e perguntou o que estava havendo, mas Geraldo deu uma cusparada no chão, e pediu à mãe que fosse se deitar, que estava tudo bem. Soltou o animal no pasto, perto da casa e voltou correndo para dentro. Fechou a porta do quarto e sentou-se na cama, apavorado. Gotinhas de suor marejavam na sua testa e bigode. Ele fez o sinal da cruz e repassou o acontecido.
Vinha ele na estrada, nessa noite clara de luar, assobiando, feliz da vida por causa da Cidinha que lhe deu oportunidade para conversar. Trocaram até uns beijos e ele viu promessa de namoro. Ao passar pela gameleira, algo montou na garupa do cavalo, que sentiu o peso e a energia ruim. O cavalo posicionou as orelhas para trás, roncou, levantou as patas dianteiras enquanto relinchava e disparou depois. Geraldo tentava olhar para trás, mas não via nada. Tentava manejar o cavalo até que esse o jogou no chão e estacou logo após, vendo-se livre da coisa ruim, que soltou uma gargalhada horrível. Geraldo estava tão apavorado que bateu em pé, montou o Zulego, e apressou o passo dele para casa. O que foi aquilo, meu Deus? Sua mãe nem podia sonhar do acontecido! Rezou o "Credo", ajoelhado, e depois deitou-se para passar a noite em claro, pois o pavor era grande demais. Essas gameleiras têm coisa com o diabo...
A árvore do terror (conto)
Dona Leocádia alertava o filho que voltava tarde para casa, na fazenda, montado a cavalo.
-Você abusa da sorte, Geraldo! Quantas vezes preciso lhe contar as histórias da gameleira da encruzilhada do Morro Alto? Aconteceu com gente da nossa comunidade, menino!
-Mãe, não tem como eu voar até o Sobradinho. E não posso deixar de viver, socado aqui na roça, só pensando em trabalho. As moças estão lá, do outro lado da gameleira, ora!
E tirava as tralhas da montaria, com vigor. O cavalo estava agitado. Dona Leocádia, que nasceu na roça, percebeu o humor do cavalo e perguntou o que estava havendo, mas Geraldo deu uma cusparada no chão, e pediu à mãe que fosse se deitar, que estava tudo bem. Soltou o animal no pasto, perto da casa e voltou correndo para dentro. Fechou a porta do quarto e sentou-se na cama, apavorado. Gotinhas de suor marejavam na sua testa e bigode. Ele fez o sinal da cruz e repassou o acontecido.
Vinha ele na estrada, nessa noite clara de luar, assobiando, feliz da vida por causa da Cidinha que lhe deu oportunidade para conversar. Trocaram até uns beijos e ele viu promessa de namoro. Ao passar pela gameleira, algo montou na garupa do cavalo, que sentiu o peso e a energia ruim. O cavalo posicionou as orelhas para trás, roncou, levantou as patas dianteiras enquanto relinchava e disparou depois. Geraldo tentava olhar para trás, mas não via nada. Tentava manejar o cavalo até que esse o jogou no chão e estacou logo após, vendo-se livre da coisa ruim, que soltou uma gargalhada horrível. Geraldo estava tão apavorado que bateu em pé, montou o Zulego, e apressou o passo dele para casa. O que foi aquilo, meu Deus? Sua mãe nem podia sonhar do acontecido! Rezou o "Credo", ajoelhado, e depois deitou-se para passar a noite em claro, pois o pavor era grande demais. Essas gameleiras têm coisa com o diabo...