O DISFARCE DE UM ALCOÓLATRA

Muito tempo atrás, numa localidade da região, morava um senhor de nome Chiquinho, que bebia muita cachaça, sendo considerado um verdadeiro alcoólatra. Certa vez, por volta da meia-noite, ele, louco para beber pinga, foi à casa do Zequinha, outro senhor conhecido e dono de um bar, que morava na mesma localidade, numa distância de aproximadamente um quilômetro de sua casa. Ao chegar, chamou pelo senhor que já estava dormindo, e, mentindo, pediu que o proprietário do comércio, que ficava a cerca de trezentos metros da casa deste, fosse lá vender-lhe um comprimido Anador, pois sua senhora esposa estava passando mal, com muita dor de dente, e precisava do remédio urgentemente. O comerciante, então, foi atendê-lo, mas somente por consideração e por se tratar de um caso de doença. E foram a pé. Ao chegarem ao quiosque/bar, que ficava lá na beira da estrada, o alcoólatra falou: “É uma dose de cachaça que eu quero, pois se eu lhe dissesse a verdade, você talvez não viesse me vender nessa hora da noite, nessa distância!”. E conversando muito, bebeu sucessivamente duas doses grandes de aguardente de cana, de copo cheio, do tipo oito, como se diz. O comerciante ficou, de certa forma, chateado, mas não quis confusão. E, então, depois de meia hora, mais ou menos, voltaram para suas casas, o proprietário e o alcoólatra, este último, agora, já meio embriagado...

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 03/06/2021
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