Estrago do primeiro beijo

lá por volta dos tempos de escola do ensino fundamental 2, em uma escola caindo aos mil pedaços, com o telhado mais furado que penera, acontecia um tremendo encontro de olhares de uma mocinha e um perambulante vagabundo.

Entre os corredores daquela escola dos anos sei lá quanto, ocorria tapas, fofocas e bate bocas. E quando me refiro a bate boca, é porque elas se chocavam mesmo.

Me lembro do fim de tarde em que houve um encontro amoroso as escondidas atrás dos escombros daquela memorável escola.

O vagabundo encontra um lance perfeito (ou pelo menos quase perfeito) para fisgar a sua mocinha.

Não me esqueço seu estilo, tinha corpo magro feito esqueleto, olhos redondos feito gude, os cabelos eram um topete igual a de uma calopsita, só possuía uma coisa de espetacular, sua boca, está era encantadora, lembro que a mocinha quando via, perdia o chão, seu coração batia mais rápido que a corrida do jamaicano Usain Bolt, mas sempre fingia que a odiava é que não queria nem saber daquele quilo de ossos.

Mas como já dizem por aí " os opostos se atraem" ela mesmo sem querer foi atraída, e quando menos se deu conta lá estava ela balançando as velhas paredes da maltrapilho escola, aproveitando o último horário vago para se derreter no beijo mole do ossengo.

Para o clima ficar ainda mais trêmulo, na rua a frente começa passar um triste enterro, e como se não tivesse nada mais a piorar, és que o encontro é melado por uma rival da mocinha, que conferssa com olhares o que acabava de ver naquele momento.

Sua reputação estava em jogo e não lhe restava outra alternativa a não ser que afirmar a todos o romance que começaste com o magrelo vagabundo.

Carol Mel
Enviado por Carol Mel em 24/05/2021
Reeditado em 24/05/2021
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