NUMA VAQUEJADA
Antigamente, numa vaquejada em um bairro da cidade, o comandante do recém-chegado Batalhão do Exército, bebia cervejas em lata socialmente com amigos numa das barracas armadas por ocasião daquela festa. Todos que se aproximavam da barraca, o Coronel convidava e pedia para que dissessem umas poesias, umas trovas; e caso ele gostasse, o visitante antes de se retirar recebia de prêmio uma latinha de cerveja. Se não gostasse dos versos, pedia que a pessoa, por favor se retirasse o mais rápido possível e sem nada ganhar. Acontece que um senhor de meia-idade, ao chegar ali perto, recebeu a exigência do Coronel; e saiu com essa: “Agora me deem licença//Que eu não sou um vagabundo//Morreu D. Pedro I, ficou D. Pedro II//E hoje eu vou beber cerveja à custa do Coronel//Até o copo cair o fundo.” //.
Aplaudindo, o Coronel deu uma sonora gargalhada e, em vez de uma, entregou duas latinhas de cerveja para aquele senhor, que, contente, saiu bebendo...