Sem levar desaforo...
O Cambota, Juvenal de pia, mas juvenil noite e dia, era irresistível na gozação. E nunca se dava mal. Ao contrário, inspirava e não raro palmas levava...pelas gargalhadas que provocava.
Duma feita, num retorno de ônibus de Belo Horizonte à sua natal Pitangui, ei-lo que dá de cara com um velho companheiro de farras, o Zé Maria baiano com o qual não se encontrava havia mais de ano...
Conversa animada até a parada para um breve café. No Pará de Minas, para variar. Zé Maria, naquela natural efusão, chega ao balcão e vai logo pedindo duas doses, da boa...! Cambota que chega quase junto, por um segundo atrasado, rebate:
- Solta aí moço: solta quatro, desaforo pra casa eu não levo...!