O HOMEM PERFEITO



Do bairro Marina era a mais bonita. Portanto, achava-se a miss brasil. Queria  se casar com um engenheiro, advogado ou médico. Jamais se deitaria com   alguém do Bairro.

Da outro lado da rua morava Juvenal, sempre fora apaixonado por ela e nunca escondeu. Ela apenas o humilhava:

- Se encherga, veja bem se vou casar com um professorzinho? Meus sonhos são muito caros.
- Eu prometo te fazer a pessoa mais feliz da vida. Dê-me um chance.
- Vê se me erra, ok? - Ela disse e virou-lhe a costas.

Estudava em um colégio particular, mediante bolsa. Conheceu Arlindo. Um rapaz boa pinta, pai empresário, a única coisa era que ele não gostava muito de estudar.
É esse mesmo que vou dar o golpe. Ficaram amigos. Arlindo a apresentou para a turma. Ela já se achava uma deles.

Finalmente ela encontrara alguém que a tiraria daquela vida de miséria e privações. 
Um dia Arlindo a convidou para um aniversário  da mãe dele. Quando Marina, entrou e viu aquele sonho quase chorou.
-Está tudo bem, querida? - perguntou a mãe dele?
- Sim, só uma tontura.
- Tontura? Você comeu alguma coisa?
- Um lanche e...
- Lanche?! Essas jovens com mania de dieta.
Passaram-se os tempos Marina que beijou Arlindo, pois este, apesar de ter boa aparência, era, tímido.

Chegando às vesperas de um feriado resolveram viajar eles e a turma da sua rua, pois Arlindo não era arrogante, como muito classe média alta.

Na praia contemplo o corpo do seu homem. Escultural, perfeito, nada fora do lugar.
Vai ser hoje, pensou, já voltarei pra casa grávida.

Então pela manhã, uma parte da turma foi-se ficando ela, Juvenal e Arlindo. Ela foi a primeira  a ir tomar banho. Juvenal, tomava café lá fora - estava triste sim, pois seu amor, parece, estava partindo para outros braços.
Entrou pegou sua toalha e foi para o banheiro.
Enquanto isso, Marina, passava sensualmente o protetor solar. Ela se cuidava. Cabelos negros, olhos castanhos claros, lábios rosados e um pouco carnudos, barriga reta, seios firmes, pernas torneadas, cílios longos... enfim uma gostosa fruta.
No outro quarto, Arlindo levantava, quando saiu levou uma susto ao vê-la semi-nua.
Ela deu um gritinho mas gostou, fechando a porta logo após.
- Desculpa! - ele disse.
- Tudo bem já, já eu saio.
Trancou-se lá dentro. Como pensei, quando estiver tudo terminado, no meio do finjo que esqueci algo e volto com ele aí então...
Assim pensando abriu a porta sonhadora quando deu de cara com a cena constrangedoramente degrante:
- Por um buraco na porta, Arlindo observava Juvenal e masturbava-se.
Ela apenas soltou um grito e desmaiou...


                      05/11/07
  

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 05/11/2007
Reeditado em 13/06/2011
Código do texto: T724710
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