GUERRA DE FARINHA NO INTERIOR DA KOMBI
Quando eu e vários lutadores estávamos se deslocando a uma cidade do interior do RS para um espetáculo de lutas cênicas nos anos de 1960 – para passar o tempo uns passavam nos seus amigos pasta de dente, talco e pomadas para lesões, até eu falar para pararem este tipo de brincadeira, e eles se acalmaram e a viagem continuou pacífica e alguns até dormiram. Mas no retorno eu e mais dois lutadores ficamos num bar a beira da estrada, enquanto os demais foram buscar materiais da empresa... então eu falei para os meus amigos: > vamos comprar dois quilos de farinha de trigo e de milho e se os nossos amigos quiserem continuar com a brincadeira, vamos jogar tudo neles! Certo, então dividimos em três partes e cada um colocou por baixo da sua camisa o material bélico para a guerra... caso eles começassem. Quando a Kombi regressou, nós entramos com caras de santo e a viagem continuou, até que de repente um deles, teve a mesma ideia nossa e compraram também farinhas e começaram a atirar em nós... Hã é que vocês querem? Abrimos as camisetas e demos o troco. Ficou tão cheio de farinhas dentro da Kombi, indo até o motorista que era o responsável técnico dos lutadores, fazendo com que a Kombi começasse a andar em ziguezague, e com muita perícia o motorista conseguiu estacionar no acostamento e se dirigiu aos lutadores aos gritos, mandando com que todos limpassem a Kombi - eles obedeceram ao motorista, bem quietinhos, ficaram uma hora na limpeza e depois do susto do quase capotamento da Kombi, que acabou com a guerra de farinha pelo susto não previsto. Os lutadores voltaram para Porto Alegre/RS como sobreviventes, para esperar pela próxima aventura... com regras mais duras. Neri Satter – Março de 2021
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 09/03/2021
Reeditado em 09/03/2021
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