CASUAIDADES DA VIDA
Dia destes ao participar de uma reunião da Academia de letras, foi citado por uma colega, o nome de uma minha amiga, em determinada rede social. Viúva de um militar falecido ainda jovem, por o qual tive uma grande admiração. Devido a sua conduta, por uma casualidade ocorrida a mais quatro décadas, e que acabou nos fazendo amigos.
Lá pelos anos setenta no século passado, inicio dessa transição cultural que ocorreu com a modernidade assombrando a moral conservadora da época, Quando as mulheres começaram usar mine saias e outros similares colocando as pernas a mostra. Certo dia estacionou na porteira de o meu curral na roça, um jipe com o motorista a indagar:
--Oh de casa, é aqui que tem uma vendinha?
--Respondi, sim, se acheguem!
-- Mas podemos descer?
--Sim meu amigo porque não?
-- É que as mulheres estão com trajes curtos!
-- Sem problemas desçam todos.
Aconteceu que eles estavam em um sitio as margens do córrego água quente, e foram a até o povoado da Extrema onde um nordestino tinha uma vendinha tão modesta como a minha, era meu concorrente. Precisaram comprar alguns bens de consumo. Mas quando o proprietário, um cabra xucro muito arretada no seu dizer de origem, viu as mulheres com suas vestimentas curtas e modernas, aos berros ordenou darem meia volta e sumissem, desaparecendo de sua porta . Fora outro como muitos que usam e abusam de sua autoridade, o militar o teria confrontado, mas como bom cidadão o interpretou dizendo que no fundo ele era bem intencionado, querendo impor sua moral conservadora.
Eu os atendi e para compensá-los os gratifiquei levando-os até ao meu laranjal no fundo da minha residência onde colheram frutas a vontade. E assim nasceu uma bela amizade. Poucos anos depois ele veio a falecer ainda muito jovem. Como sempre acontece a vida continua e nossas lembranças embora sejam esquecidas, permanecem submergidas registradas na historia aos cuidados do acaso que vez por outra fazem com que elas venham à tona. Agora por mera casualidade eu descobri que a sua viúva é minha amiga em uma rede social, onde sempre mantivemos contatos como amigos.
Foto: (acervo pessoal minha residencia na roça)
Dia destes ao participar de uma reunião da Academia de letras, foi citado por uma colega, o nome de uma minha amiga, em determinada rede social. Viúva de um militar falecido ainda jovem, por o qual tive uma grande admiração. Devido a sua conduta, por uma casualidade ocorrida a mais quatro décadas, e que acabou nos fazendo amigos.
Lá pelos anos setenta no século passado, inicio dessa transição cultural que ocorreu com a modernidade assombrando a moral conservadora da época, Quando as mulheres começaram usar mine saias e outros similares colocando as pernas a mostra. Certo dia estacionou na porteira de o meu curral na roça, um jipe com o motorista a indagar:
--Oh de casa, é aqui que tem uma vendinha?
--Respondi, sim, se acheguem!
-- Mas podemos descer?
--Sim meu amigo porque não?
-- É que as mulheres estão com trajes curtos!
-- Sem problemas desçam todos.
Aconteceu que eles estavam em um sitio as margens do córrego água quente, e foram a até o povoado da Extrema onde um nordestino tinha uma vendinha tão modesta como a minha, era meu concorrente. Precisaram comprar alguns bens de consumo. Mas quando o proprietário, um cabra xucro muito arretada no seu dizer de origem, viu as mulheres com suas vestimentas curtas e modernas, aos berros ordenou darem meia volta e sumissem, desaparecendo de sua porta . Fora outro como muitos que usam e abusam de sua autoridade, o militar o teria confrontado, mas como bom cidadão o interpretou dizendo que no fundo ele era bem intencionado, querendo impor sua moral conservadora.
Eu os atendi e para compensá-los os gratifiquei levando-os até ao meu laranjal no fundo da minha residência onde colheram frutas a vontade. E assim nasceu uma bela amizade. Poucos anos depois ele veio a falecer ainda muito jovem. Como sempre acontece a vida continua e nossas lembranças embora sejam esquecidas, permanecem submergidas registradas na historia aos cuidados do acaso que vez por outra fazem com que elas venham à tona. Agora por mera casualidade eu descobri que a sua viúva é minha amiga em uma rede social, onde sempre mantivemos contatos como amigos.
Foto: (acervo pessoal minha residencia na roça)