RECOLHIDO AO ÓCIO
 
Eu estava sentado, pensando com os meus pensamentos, e naquele momento eu que sou muito ativo estava tendo uma vontade de não fazer nada – olhando para todos os lados tentando enxergar algo que me chamasse atenção, percebi que a mente não consegue aceitar a profundidade daquele... não fazer nada – olhei para um gato que estava dormindo, me aproximei para aprender como se faz um ócio, e sim ele parecia que estava noutra dimensão e o ronronar dele fazia parte do seu ócio verdadeiro – mas bastava um barulho para que ele se levantasse com toda a energia para reassumir a vida sem ócio. Então vamos pensar no ser humano que hoje vive sobrecarregado de afazeres, que não pode ouvir a palavra ócio e nem fazê-lo. Mas o não fazer nada desde que seja por um tempo pequeno e determinado, deve nos dar mais energia, combater o stress e auxiliar nos afazeres que são importantes na sua sobrevivência. Foi com uma forma de nadismo, criado pelo Marcelo Bohrer, onde as pessoas se encontram em praças praticando o “não fazer nada”, por algum momento... então o ócio tem nome. Imagine-se sentado em uma cadeira preferencialmente em contato com a natureza, olhar ao seu redor, e para apaziguar a mente escutar o cantar dos pássaros, seus voos, depois ouvir barulho de água, borboletas voando nos seus passeios erráticos, e até os animais menores mostrando que a vida de todos eles são vidas por viver, e sem a sobrecarga de afazeres, que são escolhidas somente pelos seres humanos. Mas se estiver em casa, desprovida de natureza maior – sente-se em uma cadeira, pode ser com um chimarrão, ou com a sua bebida preferida, e tente se concentrar nas ações do chimarrão ao pegar a garrafa térmica, encher a cuia e saboreá-lo com a calma do ócio e na bebida sentir o seu cheiro tomar devagar e saborear o seu conteúdo, sabendo que o não fazer nada é o principal motivo. Que é bom não fazer nada ... mas na sua medida, porque o corpo precisa ser ativo, pratique o ócio e também exercícios físicos moderados que a tua saúde vai agradecer, principalmente no futuro. Neri Satter – Janeiro/2021
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 03/02/2021
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