O empresário e o dono do circo
O EMPRESÁRIO E O DONO DO CIRCO
Miguel Carqueija
Esta história não é minha, mas eu a estou recontando conforme minha memória e alguma adaptação. Trata-se de um quadro humorístico assistido nos anos 60, quando a televisão brasileira ainda apresentava humor limpo e que realmente fazia rir. Não lembro qual foi o programa ou mesmo a emissora, provavelmente a TV Tupi, que apresentava os melhores humorísticos. Também não lembro os artistas e tampouco sei dizer quem foi o redator.
Estava certo empresário em seu escritório quando foi procurado pelo diretor de um circo, à procura de patrocínio. O empresário quis saber detalhes:
— O senhor tem uma boa equipe?
— Mas sim, é claro! Temos artistas muito bons, pode crer! Eu trouxe vários, estão aqui fora!
— Então deixa eu ver... vocês têm anão?
— Anão? É claro que nós temos! Posso chamar o nosso anão?
— Claro, chama.
O dono do circo foi até a porta e pediu para que o anão entrasse.
Entrou um camarada que tinha mais de 1,80 m.
Espantado, o homem de negócios questionou:
— Deve haver algum engano. Eu pedi para entrar o anão.
— Não houve engano não, chefe, este é o nosso anão.
— Puxa, mas um anão desse tamanho... então como deve ser o gigante? Vocês têm gigante?
— Gigante? Sim, temos, também está aqui fora.
— Então manda entrar, se é que ele cabe aqui dentro. Agora fiquei curioso.
O outro foi até a porta do gabinete:
— Entra o gigante!
Entrou um tampinha.
Aí é que o executivo não entendeu nada mesmo.
— Que história é essa? O anão é maior do que o gigante?
— Eu vou te explicar, chefe. Esse aqui (apontou para o “anão”) é o maior anão do mundo. E esse aqui (apontou para o “gigante”) é o menor gigante do mundo!
Nessa altura da situação o empresário se ergueu, indignado, e apontou para a porta:
— Já entendi! E você, com certeza, é o maior vigarista do mundo! Rua! Fora daqui, todos vocês!
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2020.
imagem publicdomain
O EMPRESÁRIO E O DONO DO CIRCO
Miguel Carqueija
Esta história não é minha, mas eu a estou recontando conforme minha memória e alguma adaptação. Trata-se de um quadro humorístico assistido nos anos 60, quando a televisão brasileira ainda apresentava humor limpo e que realmente fazia rir. Não lembro qual foi o programa ou mesmo a emissora, provavelmente a TV Tupi, que apresentava os melhores humorísticos. Também não lembro os artistas e tampouco sei dizer quem foi o redator.
Estava certo empresário em seu escritório quando foi procurado pelo diretor de um circo, à procura de patrocínio. O empresário quis saber detalhes:
— O senhor tem uma boa equipe?
— Mas sim, é claro! Temos artistas muito bons, pode crer! Eu trouxe vários, estão aqui fora!
— Então deixa eu ver... vocês têm anão?
— Anão? É claro que nós temos! Posso chamar o nosso anão?
— Claro, chama.
O dono do circo foi até a porta e pediu para que o anão entrasse.
Entrou um camarada que tinha mais de 1,80 m.
Espantado, o homem de negócios questionou:
— Deve haver algum engano. Eu pedi para entrar o anão.
— Não houve engano não, chefe, este é o nosso anão.
— Puxa, mas um anão desse tamanho... então como deve ser o gigante? Vocês têm gigante?
— Gigante? Sim, temos, também está aqui fora.
— Então manda entrar, se é que ele cabe aqui dentro. Agora fiquei curioso.
O outro foi até a porta do gabinete:
— Entra o gigante!
Entrou um tampinha.
Aí é que o executivo não entendeu nada mesmo.
— Que história é essa? O anão é maior do que o gigante?
— Eu vou te explicar, chefe. Esse aqui (apontou para o “anão”) é o maior anão do mundo. E esse aqui (apontou para o “gigante”) é o menor gigante do mundo!
Nessa altura da situação o empresário se ergueu, indignado, e apontou para a porta:
— Já entendi! E você, com certeza, é o maior vigarista do mundo! Rua! Fora daqui, todos vocês!
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2020.
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