Verdião "Cumeu"
Também sempre tinha as festas e lembrou de uma em estilo Dancing Days, na Discoteca “Te Contei?” (dos filhos: Pule, Teteu... Da família Menezes) em que beijara uma moça pela primeira vez. Depois do primeiro beijo, não sabia o que fazer; disse-a que ia ao banheiro, e até hoje!
Voltou pelo Chafariz, fiscalizou as torneiras que pingavam, apertou todas e seguiu. Deitou-se num banco de tábuas bem em frente à venda da velha dona Idalice.
Lembrou de seus companheiros de cachaça que ali sentavam sempre com ele: Merquinho, Véi, Verdião e Caboquinho - (o nome verdadeiro de Véi era Feliciano, que, por ironia, era o cara mais infeliz que já conhecera na vida)
Só vivia reclamando de tudo e de todos e que sua vida era amarrada pela cintura.
Um dia, Véi dormia na estação de trem e abrigou Verdião na mesma esteira...
Quando a garotada, cinco horas da manhã, saiu para buscar o leite lá em seu Lió, viram uma das pernas de Verdião por cima das de Véi...
Derramaram clara de ovo nas calças dele. Quando Véi acordou e viu aquele negócio goguento, ficou encabulado... Aí não deu outra, e o apelido pegou:
— Ei, Véi! Verdião comeu! Verdião comeu!
E Véi respondia enraivado:
— O rabo da Mãe!!!!
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* Esse texto é uma das várias histórias contadas no livro "Rio do Braço" (Romance Histórico) de Osman Matos, publicado em 2015 pela Editora Mídia Joáo Pessoa, PB (LANÇADO EM 2016 NA ACADEMIA PARAIBANA DE LETRAS) e pela Amazon.com nos formatos e-book e impresso, 2017.