QUASE UMA TRAGÉDIA
Sentada no chão, Laurinha, 4 anos, vestia uma de suas bonecas enquanto o irmão Pedro, de 6, fazia a lição de casa na mesa da sala de jantar. João, o mais velho, que acabara de completar 9 anos, estava no quarto dos pais, remexendo pelas gavetas do guarda-roupa. Subiu na banqueta da penteadeira para alcançar as prateleiras mais altas do armário. O que procurava? Um revólver, do qual vira o pai retirar as balas e guardar, dizendo que não bulisse naquele local.
João era arteiro por natureza e adorava aqueles filmes de bang-bang da TV. Da avó havia ganho um chapéu de couro e na cabeceira de sua cama colocara um travesseiro fazendo as vezes de sela em um cavalo imaginário. Com o cinto velho da mãe, fustigava o animal de fantasia, gritando para que este apurasse o trote. A mãe, mais de uma vez, ralhara com ele, dizendo que iria estragar a cama nova. Inútil preocupação.
Estendendo o braço até o fundo da última prateleira, João alcançou a arma e desceu do banquinho com ela em punho. A mãe que estava na cozinha preparando o almoço nem suspeitou da peraltice e não viu quando ele atravessou o corredor e foi para onde estavam os irmãos. Ali, ele apontou primeiro para a irmã que, inocentemente, brincava. Depois mirou o irmão que entendeu o gesto mas ficou sem reação. Então, num movimento brusco, virou-se para a janela e puxou o gatilho. O estampido e o barulho de vidros se quebrando assustou até os vizinhos. A mãe, veio correndo apavorada e, em choque, não conseguia nem falar. João, muito assustado, foi flagrado ainda com a arma na mão.
O pai nunca deixava o revólver carregado. Retirava, cuidadosamente, as balas e as escondia em lugar seguro mas, nesta fatídica ocasião, havia, inadvertidamente, deixado um único projétil que podia ter ceifado a vida de uma de suas amadas crianças.
Ufa! Foi Deus...
Sentada no chão, Laurinha, 4 anos, vestia uma de suas bonecas enquanto o irmão Pedro, de 6, fazia a lição de casa na mesa da sala de jantar. João, o mais velho, que acabara de completar 9 anos, estava no quarto dos pais, remexendo pelas gavetas do guarda-roupa. Subiu na banqueta da penteadeira para alcançar as prateleiras mais altas do armário. O que procurava? Um revólver, do qual vira o pai retirar as balas e guardar, dizendo que não bulisse naquele local.
João era arteiro por natureza e adorava aqueles filmes de bang-bang da TV. Da avó havia ganho um chapéu de couro e na cabeceira de sua cama colocara um travesseiro fazendo as vezes de sela em um cavalo imaginário. Com o cinto velho da mãe, fustigava o animal de fantasia, gritando para que este apurasse o trote. A mãe, mais de uma vez, ralhara com ele, dizendo que iria estragar a cama nova. Inútil preocupação.
Estendendo o braço até o fundo da última prateleira, João alcançou a arma e desceu do banquinho com ela em punho. A mãe que estava na cozinha preparando o almoço nem suspeitou da peraltice e não viu quando ele atravessou o corredor e foi para onde estavam os irmãos. Ali, ele apontou primeiro para a irmã que, inocentemente, brincava. Depois mirou o irmão que entendeu o gesto mas ficou sem reação. Então, num movimento brusco, virou-se para a janela e puxou o gatilho. O estampido e o barulho de vidros se quebrando assustou até os vizinhos. A mãe, veio correndo apavorada e, em choque, não conseguia nem falar. João, muito assustado, foi flagrado ainda com a arma na mão.
O pai nunca deixava o revólver carregado. Retirava, cuidadosamente, as balas e as escondia em lugar seguro mas, nesta fatídica ocasião, havia, inadvertidamente, deixado um único projétil que podia ter ceifado a vida de uma de suas amadas crianças.
Ufa! Foi Deus...