OS TELEGRAMAS

Diante do progresso tecnológico, temos hoje uma significativa facilidade de comunicação, tudo é imediato. Mas houve um tempo, não muito distante, que não era assim. A comunicação era realizada por cartas ou telegramas. Com o telegrama, na época em que surgiu, utilizava-se o Código Morse, usando a linguagem de caracteres. A mensagem via telegrama era reduzida ao máximo, tinha que ser clara e curta, pois a cobrança do correio pelo serviço, a tarifa, era apurada pela quantia de palavras constantes da mensagem. Assim, buscando economia e menos gastos, também se economizava em palavras. Em virtude disso, muitas histórias e/ou estórias até hoje são contadas.

Aqui pela minha meiga terra, conta-se que um senhor de nome Lourenço, procurando adquirir um animal de montaria para seu uso pessoal, dirigiu-se à cidade vizinha, na qual o Exercito, na época Cavalaria, faria um leilão de animais. Pois bem! Lá chegando, acabou por adquirir em leilão um animal, era uma égua. Então ele enviou um telegrama para sua esposa de nome Maria com o seguinte dizer: [“MARIA MANDAR ARREIOS VIREI ÉGUA”]. Rsrsrs. Claro! Não precisa nem dizer, a Dona Maria ficou muito preocupada, mas logo entendeu a mensagem e enviou os arreios para que seu esposo Lourenço pudesse retornar a cidade, para casa, desta vez montado em uma bela égua.

Mas havia também telegrama poético, em rima. Por exemplo, o senhor Manoel Cardoso, desejando informar sua namorada que morava na cidade vizinha que iria ao baile, mandou telegrama com o seguinte texto: [“Vou baile vou SAUDOSO, Manoel CARDOSO”]. Ela também por telegrama respondeu: [“Espero ANSIOSA, Iracema LUSTOSA”]. Como se nota, conversas todas em rima.

Ainda se conta também que quando a Capital do Brasil era no Rio de Janeiro, o Centro de Meteorologia da época enviou um telegrama ao Prefeito de uma cidade do interior do Paraná, com mensagem de alerta, dizendo: [“SENHOR PREFEITO ATENÇÃO, CUIDADO EPICENTRO EM SUA ZONA”]. Algumas horas depois, o Prefeito que era muito disposto e valente respondeu: [“TUDO RESOLVIDO EPICENTRO MORTO E ZONA FECHADA”]. rsrsrs. Claro! Rsrsrs... Não precisa nem dizer... uma tragédia.

Rsrsrs...

Bem! Creio que resta finalizar. Claro, com uma mensagem via telegrama, muito resumida: [”Inté até outros tel”].