17 - FUGINDO DE UM BOI ENFURECIDO
Quem viveu em alguma cidade pequena do interior deste país, por volta de meio século atrás, certamente já presenciou a passagem de vaqueiros e de seus ajudantes, uma ou duas vezes por semana, conduzindo bois com os olhos vendados parcialmente, sendo levados para o matadouro regional.
O inocente animal parecia ter conhecimento do que lhe aguardava, após o término daquela última viagem que, de forma forçada, ele estava fazendo naquele dia. Geralmente, desde sua saída do pasto da fazenda onde ele estava antes, até sua chegada ao curral do matadouro, o animal ficava bastante enfezado e queria, a todo instante, dar cabeçadas em tudo que via na sua frente.
Billy Lupércio Daniel morava nas cercanias da zona urbana do município onde nasceu, era quase na zona rural, um pouco próximo dela, perto de onde seu pai tinha uma pequena propriedade.
Naquele ano, todos dias, após o meio dia, assim que ele saía da escola, deixava sua bolsa com os livros e cadernos na sua casa e rumava, por uma estrada vicinal, em meio às idas e voltas de carros de bois que transportavam produtos da roça para a cidade e vice-versa.
De vez em quando, quase sempre, ele corria o risco de se deparar com vaqueiros sossegados, conduzindo bois de uma fazenda para outra do mesmo proprietário, ou era surpreendido por algum boi vadio que tinha fugido de alguma propriedade perto dali.
Geralmente, ele fazia o trajeto que saia da sua casa até a propriedade do seu pai, a pé, sem muita pressa, tentando com isso espairecer um pouco o cansaço mental, após algumas horas de aula.
Numa dessas suas idas para a propriedade do seu pai, ainda se recuperando de um acidente em serviço que ele sofreu meses antes, ele precisou fugir de um boi encaretado, que fazia de tudo para não chegar ao curral do matadouro.
Àquela altura dos acontecimentos, para o garoto Billy subir em uma árvore, escalar uma cancela ou um passadiço, nem pensar... Mesmo que ele quisesse, não poderia fazê-lo a contento, porque estava impossibilitado de movimentar-se com um pouco mais de destreza, devido ao período de convalescência vivido por ele naquela oportunidade.
Sem uma alternativa viável para se safar daquele perigo iminente, Billy teve de imitar o hábito dos porcos que, rotineiramente, passavam quase arrastando-se, por entre um espaço que havia numa cerca de macambiras ali existente, para ir de uma propriedade a outra de um mesmo dono.
Com certa dificuldade, ele teve de se valer daquele atalho, justamente para não ser molestado de forma violenta por aquele animal enfurecido, que fugia em disparada, retornando para o capinzal da fazenda de onde ele tinha sido forçado a deixar, minutos antes, de ter voltado do meio do caminho que o levaria para o matadouro local.
O vaqueiro, por certo, deve ter conseguido dominar o animal fujão, mas Billy que já estava do outro lado da cerca da propriedade daquele fazendeiro amigo do seu pai, teve de esperar o perigo passar para continuar sua trajetória até a propriedade rural de sua família onde já estavam seus pais e seus irmãos à sua espera para almoçarem juntos.
O inocente animal parecia ter conhecimento do que lhe aguardava, após o término daquela última viagem que, de forma forçada, ele estava fazendo naquele dia. Geralmente, desde sua saída do pasto da fazenda onde ele estava antes, até sua chegada ao curral do matadouro, o animal ficava bastante enfezado e queria, a todo instante, dar cabeçadas em tudo que via na sua frente.
Billy Lupércio Daniel morava nas cercanias da zona urbana do município onde nasceu, era quase na zona rural, um pouco próximo dela, perto de onde seu pai tinha uma pequena propriedade.
Naquele ano, todos dias, após o meio dia, assim que ele saía da escola, deixava sua bolsa com os livros e cadernos na sua casa e rumava, por uma estrada vicinal, em meio às idas e voltas de carros de bois que transportavam produtos da roça para a cidade e vice-versa.
De vez em quando, quase sempre, ele corria o risco de se deparar com vaqueiros sossegados, conduzindo bois de uma fazenda para outra do mesmo proprietário, ou era surpreendido por algum boi vadio que tinha fugido de alguma propriedade perto dali.
Geralmente, ele fazia o trajeto que saia da sua casa até a propriedade do seu pai, a pé, sem muita pressa, tentando com isso espairecer um pouco o cansaço mental, após algumas horas de aula.
Numa dessas suas idas para a propriedade do seu pai, ainda se recuperando de um acidente em serviço que ele sofreu meses antes, ele precisou fugir de um boi encaretado, que fazia de tudo para não chegar ao curral do matadouro.
Àquela altura dos acontecimentos, para o garoto Billy subir em uma árvore, escalar uma cancela ou um passadiço, nem pensar... Mesmo que ele quisesse, não poderia fazê-lo a contento, porque estava impossibilitado de movimentar-se com um pouco mais de destreza, devido ao período de convalescência vivido por ele naquela oportunidade.
Sem uma alternativa viável para se safar daquele perigo iminente, Billy teve de imitar o hábito dos porcos que, rotineiramente, passavam quase arrastando-se, por entre um espaço que havia numa cerca de macambiras ali existente, para ir de uma propriedade a outra de um mesmo dono.
Com certa dificuldade, ele teve de se valer daquele atalho, justamente para não ser molestado de forma violenta por aquele animal enfurecido, que fugia em disparada, retornando para o capinzal da fazenda de onde ele tinha sido forçado a deixar, minutos antes, de ter voltado do meio do caminho que o levaria para o matadouro local.
O vaqueiro, por certo, deve ter conseguido dominar o animal fujão, mas Billy que já estava do outro lado da cerca da propriedade daquele fazendeiro amigo do seu pai, teve de esperar o perigo passar para continuar sua trajetória até a propriedade rural de sua família onde já estavam seus pais e seus irmãos à sua espera para almoçarem juntos.