E o bicho-de-pé!
“Dinheiro, muié e bicho-de-pé” esse era um jargão muito conhecido entre o povo da roça lá pelos anos setenta/oitenta, que queria dizer que eram as três melhores coisas que um homem poderia ter.
Vou falar de um fato verídico acontecido comigo.
Eu tinha uma verruga uns dois dedos atrás do tornozelo, na perna direita. Certa vez, numa consulta médica, com o Dr Douglas, médico da família, me falou que aquela verruga tinha uma cor estranha, para eu consultar um especialista porque talvez precisasse tira-la. Fiquei com aquilo na cabeça, mas muitos afazeres na fazenda, o tempo foi passando.
Nos anos noventa, tínhamos umas terras em Minas, onde ficávamos a maior parte do tempo. Uma noite a tal verruga começou a coçar, pensei, pronto, não dei atenção ao Dr Douglas, taí o resultado.
Com o medo até de olhar para a dita cuja, somente passava as pontas dos dedos, a coceira cada vez mais, assim foi uns dias. No final de semana, criei coragem e olhei. Ué, era meio arroxeada, agora está amarela. Minha esposa olhou, isso aí é uma batata de bicho de pé. Com uma agulha foi tirando e a verruga sumiu. Ficou somente a marca que tenho até hoje.