Mas que dia!
Oh, dia...
Gosto demais de morar aqui!
Um edifício bem localizado e com apartamentos amplos, mas, de uns tempos pra cá deu pra ‘inquiçá’, o tal do elevador!
Quando escolhi morar quis que fosse, lá no último andar, pois além da paz que pensei que teria (por um tempo até que sim...), gosto de escrever e pertinho do céu, numa noite de luar e 'ele' cravejado de estrelas, não me faltaria inspiração.
Mas como disse o marvado do elevador, o único que tinha no prédio, emperrou de vez.
Bom que ninguém ficou preso nele por muito tempo, bom mesmo!
E o nosso síndico (o gente fina do Edson...) se indignou e depois de tantas reclamações e sustos, resolveu, por uns três dias parar de vez para dar uma boa geral no dito... Aí chamou o pessoal habilitado e o “pau pegô”!
Porém como ser humano é tudo igual, só morando em lugares diferentes, no mesmo dia começam a apertar o Edson e pra ajudar três, viraram cinco..., e que virou uma semana!
[Complicou a manutenção da geringonça]
Aí o malandro aqui e o restante, só no vai vem, no sobe e desce fazendo exercícios (dizem que é muito bom inclusive, mas não desejo isso nem a um rato)!
E era neguinho, neguinha, branquinho e branquinha numa tremedeira nos garrão “de-dá-dó”!
Eu o poeta esperto, mais que todos, 15 andares pra subir e fazendo uma continha simples, 15 andares x 15 degraus em caracol, era de chorar em “Aramaico”!
O pior tá por vir e vejam vocês o que me aconteceu, um certo dia desses:
Cedinho saio pra trabalhar (sim e antes que me perguntem, poetas também precisam comer...).
Então acordei ‘meio que em cima da hora’ (entendam como, atrasado mesmo) aí não sabia se lavava a cara ou colocava a roupa, ou tomava um –gorpinho- de café. Resultado, o café ficou pra mais tarde, melhor pra tarde mesmo!
Desci, e pra baixo todo santo ajuda, e quando estava na portaria, “pimba”, cadê a porcaria do celular (porcaria e vão concordar o porquê de toda a minha ira)!
Tinha que voltar pra pegar o excomungado e assim eu fiz, tudo de novo, mas ao contrário (ninguém merece...)
Bem no meio, mas no meio mesmo, no oitavo andar, com a língua já de fora ouvi bem baixinho:
-Hei..
Parei e aproveitei pra pegar um ar, pois naquele momento precisava...
Até ouvi aquele gemido, olhei pra ver e não vi ninguém!
Continuei a subir, pois se já estava atrasado sem voltar, imaginem vocês, naquela situação...
-De novo e seguidamente, aquele “hei”, cada vez mais debilitado entrava em meus ouvidos como uma cigarra engasgada.
Quando botei a mão na maçaneta para entrar e pegar de uma vez o aparelho (mais que vontade me deu de atirar na parede, aquele “nojento”...), não sei da onde o dono daquele hei “dos inferno” (e vão entender o tamanho da minha revolta)...
Mas como preciso descansar um cadinho...
A segunda parte deste conto, eu conto mais tarde!
Oh, dia...
Gosto demais de morar aqui!
Um edifício bem localizado e com apartamentos amplos, mas, de uns tempos pra cá deu pra ‘inquiçá’, o tal do elevador!
Quando escolhi morar quis que fosse, lá no último andar, pois além da paz que pensei que teria (por um tempo até que sim...), gosto de escrever e pertinho do céu, numa noite de luar e 'ele' cravejado de estrelas, não me faltaria inspiração.
Mas como disse o marvado do elevador, o único que tinha no prédio, emperrou de vez.
Bom que ninguém ficou preso nele por muito tempo, bom mesmo!
E o nosso síndico (o gente fina do Edson...) se indignou e depois de tantas reclamações e sustos, resolveu, por uns três dias parar de vez para dar uma boa geral no dito... Aí chamou o pessoal habilitado e o “pau pegô”!
Porém como ser humano é tudo igual, só morando em lugares diferentes, no mesmo dia começam a apertar o Edson e pra ajudar três, viraram cinco..., e que virou uma semana!
[Complicou a manutenção da geringonça]
Aí o malandro aqui e o restante, só no vai vem, no sobe e desce fazendo exercícios (dizem que é muito bom inclusive, mas não desejo isso nem a um rato)!
E era neguinho, neguinha, branquinho e branquinha numa tremedeira nos garrão “de-dá-dó”!
Eu o poeta esperto, mais que todos, 15 andares pra subir e fazendo uma continha simples, 15 andares x 15 degraus em caracol, era de chorar em “Aramaico”!
O pior tá por vir e vejam vocês o que me aconteceu, um certo dia desses:
Cedinho saio pra trabalhar (sim e antes que me perguntem, poetas também precisam comer...).
Então acordei ‘meio que em cima da hora’ (entendam como, atrasado mesmo) aí não sabia se lavava a cara ou colocava a roupa, ou tomava um –gorpinho- de café. Resultado, o café ficou pra mais tarde, melhor pra tarde mesmo!
Desci, e pra baixo todo santo ajuda, e quando estava na portaria, “pimba”, cadê a porcaria do celular (porcaria e vão concordar o porquê de toda a minha ira)!
Tinha que voltar pra pegar o excomungado e assim eu fiz, tudo de novo, mas ao contrário (ninguém merece...)
Bem no meio, mas no meio mesmo, no oitavo andar, com a língua já de fora ouvi bem baixinho:
-Hei..
Parei e aproveitei pra pegar um ar, pois naquele momento precisava...
Até ouvi aquele gemido, olhei pra ver e não vi ninguém!
Continuei a subir, pois se já estava atrasado sem voltar, imaginem vocês, naquela situação...
-De novo e seguidamente, aquele “hei”, cada vez mais debilitado entrava em meus ouvidos como uma cigarra engasgada.
Quando botei a mão na maçaneta para entrar e pegar de uma vez o aparelho (mais que vontade me deu de atirar na parede, aquele “nojento”...), não sei da onde o dono daquele hei “dos inferno” (e vão entender o tamanho da minha revolta)...
Mas como preciso descansar um cadinho...
A segunda parte deste conto, eu conto mais tarde!