Quando o mistério dá sabor à vida.
Eu nunca entendi a razão dela se orgulhar da marca que ficou em sua testa após a catapora.
Também não entendia porque aquela moça se achava tão especial...
Um dia ela contou que fora abduzida, depois que tinha um “guia espiritual” que morava em Vênus...
Nós, seus colegas de trabalho, pra sua sorte, discretos e bons amigos, jamais fizemos qualquer comentário desairoso a respeito de seus relatos.
Admiro nossos colegas por serem tão sensatos.
Quando ouvia as “aventuras” da moça, eu mesma não tinha nada a comentar e, poucas vezes levei comigo os seus relatos.
Só me lembro de um dia, pensar: esta moça deveria escrever contos de ficção.
Mas quando eu li Harry Porter, tudo que a moça “viveu” fez sentido pra mim.