Par de Chinelos

Em uma terra distante entre vales e montanhas, habitavam poucas famílias simples, residiam em um lugar quase inabitado, naquela tranquilidade e paz de espírito coletavam frutos silvestres e cultivavam os frutos da terra.

Há não muito tempo, duas famílias residia próxima uma da outra, os filhos se conheciam e brincavam juntos. Brincadeiras ingênuas de meninos do campo.

Certo dia, dois reuniram-se e foram caçar passarinhos, que por sinal, os campos eram repletos de várias espécies de pássaros e aves.

Os garotos estavam alegres pegamos as baladeiras – estilingues rumaram para um baixio que tinham muitos pássaros e estava na hora de se alimentarem, nesse momento eram presas fácies de serem abatidos.

Os meninos no caminho passam por uma cerca de faxina, um dos garotos estava calçando um par chinelo de sola, tirou-os e deixou ali mesmo. No lugarejo, menino andar calçado era coisa rara, pois andavam no mato naturalmente como índio andando de pés descalços.

Andar calçados era privilégios de poucos, passaram a cerca continuaram a tão sonhada aventura de capturar os passarinhos indefesos. Eles fizeram uma espécie de competição, vendo quem capturava mais. Cada um chegou abater várias aves, o melhor de pontaria comumente levava mais vantagem.

Ao terminarem a caçada retornaram, como estavam longe do local do início da entrada, voltaram por outra vereda e garoto não foi apanhar os chinelos.

O outro garoto mais tarde passou lá e os chinelos continuava no mesmo lugar, inocentemente, sem qualquer maldade peguei e calcei o par de chinelos e foi para casa.

Ao chegar a casa sua mãe percebeu e perguntou!

- De quem é esse par chinelo?

O garoto todo desconfiado falou.

- Não sei, encontrei lá na porteira do curral!

Mãe não se engana, era uma mulher simples e honrada sabia que não se anda deixando chinelos facilmente em qualquer lugar.

Aplicou-me um sério corretivo e falou.

- Se não é seu, você não sabe de quem, então vá deixar no lugar onde encontrou.

O garoto com as costas vermelhas e coçando do corretivo que levara, saí desconfiado e fui deixar o par chinelo no mesmo lugar que apanhara.

Saiu desconfiado e sorrateiro para que ninguém viesse a perceber, quando cheguei ao local, olhei para todos os lados, não percebi a presença de uma viva alma, deixou os chinelos no mesmo lugar que peguei, sem que nenhuma pessoa o percebesse, voltou para casa com a certeza do dever cumprido.

Esse ensinamento foi excelente, serviu como uma lição para não cometer mais isso, nem de brincadeira como havia feito.

Expedito Carreiro
Enviado por Expedito Carreiro em 05/04/2020
Código do texto: T6907050
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