A PREGAÇÃO
Certa vez fomos em nossa Belina, Celso dirigindo, eu e minha mãe, em uma viagem para o interior de Santa Catarina.
Viajar com mamãe era sempre uma aventura interessante. Ela levava desde pequenas Araucárias plantadas em caixinhas de leite cortadas ao meio e cheias de terra, até galinhas vivas em um engradado para deixar na fazenda onde meu irmão morava na ocasião.
Dessa vez fomos também até a Fazenda da Cadeia ou Fundão, que pertencia ao meu avô. Lá morava o capataz, Seu Juca, com sua mulher, Dona Arcídia. Eram pessoas simples, das quais gostávamos muito. Quando chegávamos, éramos muito bem recebidos em sua casa. Se era de manhã, Dona Arcídia se punha logo a preparar um almoço, se à tarde, ia para a cozinha fazer roscas de polvilho para o café.
Nessa ocasião, ambos estavam em casa e lá almoçamos. Após a refeição fomos para a varanda sombreada, era verão, para conversarmos.
Celso, meu marido, não tinha muita intimidade com eles. O casal praticava a fé evangélica e ia muito ao templo mais próximo. Seu Juca puxou o assunto religião, falando muito bem do pastor e depois tentando explicar passagens da Bíblia, à sua moda. Ele tinha pouco estudo e via a religião de uma forma um tanto fanática.
Celso, que era um homem culto, pôs-se a contar algumas passagens do Antigo e do Novo Testamentos a Seu Juca. Ficamos em silêncio, deixando-o falar. Nós que havíamos lido a Bíblia e conhecíamos um pouco mais que Seu Juca e Dona Arcídia, ficamos surpresas com a sua facilidade em descrever os fatos e personagens do Evangelho. Seu Juca e a esposa ficaram absolutamente embevecidos. Não sabiam, e nem nós, que ele conhecia tanto.
Resultado: Celso ganhou uma profunda admiração, passou a ser, em seus conceitos, mais sábio e influente que o pastor local, e era instado a fazer o seu “sermão” toda vez que os visitávamos.
Viajar com mamãe era sempre uma aventura interessante. Ela levava desde pequenas Araucárias plantadas em caixinhas de leite cortadas ao meio e cheias de terra, até galinhas vivas em um engradado para deixar na fazenda onde meu irmão morava na ocasião.
Dessa vez fomos também até a Fazenda da Cadeia ou Fundão, que pertencia ao meu avô. Lá morava o capataz, Seu Juca, com sua mulher, Dona Arcídia. Eram pessoas simples, das quais gostávamos muito. Quando chegávamos, éramos muito bem recebidos em sua casa. Se era de manhã, Dona Arcídia se punha logo a preparar um almoço, se à tarde, ia para a cozinha fazer roscas de polvilho para o café.
Nessa ocasião, ambos estavam em casa e lá almoçamos. Após a refeição fomos para a varanda sombreada, era verão, para conversarmos.
Celso, meu marido, não tinha muita intimidade com eles. O casal praticava a fé evangélica e ia muito ao templo mais próximo. Seu Juca puxou o assunto religião, falando muito bem do pastor e depois tentando explicar passagens da Bíblia, à sua moda. Ele tinha pouco estudo e via a religião de uma forma um tanto fanática.
Celso, que era um homem culto, pôs-se a contar algumas passagens do Antigo e do Novo Testamentos a Seu Juca. Ficamos em silêncio, deixando-o falar. Nós que havíamos lido a Bíblia e conhecíamos um pouco mais que Seu Juca e Dona Arcídia, ficamos surpresas com a sua facilidade em descrever os fatos e personagens do Evangelho. Seu Juca e a esposa ficaram absolutamente embevecidos. Não sabiam, e nem nós, que ele conhecia tanto.
Resultado: Celso ganhou uma profunda admiração, passou a ser, em seus conceitos, mais sábio e influente que o pastor local, e era instado a fazer o seu “sermão” toda vez que os visitávamos.