MÃE/ AONDE POSSO TE ENCONTRAR! II
Não lembro bem que idade tinha/ talvez uns doze anos/
só tenho algumas imagem eu ainda pequenino/
e seu sorriso/ mas se te ver agora acredito/ que/
irei correndo para os seus braços.
Foi em uma manha de chuva/ quando surtei/ e de casa sai/
por mais uma vez/ o que era o problema/ ir pra escola/
ir pra escola me incomodava/ por sermos muito pobre/
embora estivasse limpinho/ e remendado/ era motivo de chacota/
eu sei que você entendia minha situação/ mas nada podia fazer/
mediante tantas brigas/ (surtei) sai de casa pensando em você/
que iria pra escola/ ganhei o mundo.
Sempre que passava pela linha de trem e muitas vezes/
tinha que deixar passar todas aqueles vagões/
neste dia entrei em um deles.
E assim mudei o meu destino/ já dentro dele lembro/
que fiquei perplexo com a imensidão da terra/ tantas arvores e rios/
estando cansado dormi/ acordando um tanto o quando assustado/
já noite e com fome/ não recordo aonde eu saltei/ só sei que/
a locomotiva era muito cumprida/ e o lugar que ela parou/
muito diferente com o qual eu já tenha visto/ tudo muito diferente/
e assim me dei/ a uma ventura sem precedente/
moral dá historia/ estava por completo perdido/ com fome/
com medo/dando assim ao espaço/ ao fracasso de mendigar/
perambulando pelas ruas e me servindo como podia/
ate acredito eu que estava com uns dezoito anos/ pois/
na verdade não sei bem meu nome e anos ate então/
fui atropelado/ só me recordo estava no hospital/
foi ai que meu destino deu uma guinada/ sobrevivi.
Meu pai padrinho/ pois é assim que o chamo/
ao me socorrer me adotou/ por não ter filho/ e de certa forma/
precisava de alaguem pra tomar conta da fazenda/
me propôs/ talvez por remoço por ter me atropelado/
casa trabalho e fazer parte da família.
Hoje estou de férias do trabalho/ estou de volta aonde nasci/
Tudo mudado/ muitos morreram/ outro se mudaram/
inclusive minha mãe.
Mãe/ aonde posso te encontrar/ se me vê por ai/
venha quero lhe abraçar/ eu sou um homem do bem.