PEDRO MANGOLA
Tinha um cacoete esquisito de arrumar a gola da camisa ou camiseta a todo momento e recebeu o apelido de Mangola na escola primária. Era um menino alegre e pacífico e nem se importava em ser chamado assim. Certo dia foi provocado com socos e xingamentos, sem motivo aparente, por seu colega Cássio durante o recreio e com este se atracou em luta corporal perante todos os alunos do colégio, que torciam para um ou para outro em grande algazarra. Não houve vencedor porquê o diretor ouvindo os gritos, apareceu e levou os dois, de castigo, para sua sala.
Desse dia em diante, Pedro e Cássio mal se olhavam. Terminado o primário foram, cada um para um ginásio diferente e nunca mais se encontraram, até que:
Muitos jovens adultos brincavam frente ao mar, na Rampa do Zé Defunto. Alguns mergulhavam, outros estavam lá só para olhar. O mar naquele trecho de São Luis é bravo mas os meninos mais experientes não o temiam.
Cássio estava ali com um irmão mais novo quando se desequilibrou na amurada da rampa, que não era muito alta e caiu na água. A maré estava subindo e a força da correnteza o levava para longe. Ele sabia nadar mas nunca tinha se atrevido a enfrentar ondas altas. Já se sentia sem forças e temeu pelo pior, até que:
De repente, surgiu de um grupo de jovens, um destemido que pulando ao mar abraçou Cássio e o trouxe de volta para a Rampa. Ufa! Foi por um triz!
E qual não foi a surpresa de Cássio ao reconhecer em seu salvador o antigo desafeto da escola, Pedro Mangola!
Dali para a frente a animosidade foi esquecida e Cássio, envergonhado, era só gratidão.
Tinha um cacoete esquisito de arrumar a gola da camisa ou camiseta a todo momento e recebeu o apelido de Mangola na escola primária. Era um menino alegre e pacífico e nem se importava em ser chamado assim. Certo dia foi provocado com socos e xingamentos, sem motivo aparente, por seu colega Cássio durante o recreio e com este se atracou em luta corporal perante todos os alunos do colégio, que torciam para um ou para outro em grande algazarra. Não houve vencedor porquê o diretor ouvindo os gritos, apareceu e levou os dois, de castigo, para sua sala.
Desse dia em diante, Pedro e Cássio mal se olhavam. Terminado o primário foram, cada um para um ginásio diferente e nunca mais se encontraram, até que:
Muitos jovens adultos brincavam frente ao mar, na Rampa do Zé Defunto. Alguns mergulhavam, outros estavam lá só para olhar. O mar naquele trecho de São Luis é bravo mas os meninos mais experientes não o temiam.
Cássio estava ali com um irmão mais novo quando se desequilibrou na amurada da rampa, que não era muito alta e caiu na água. A maré estava subindo e a força da correnteza o levava para longe. Ele sabia nadar mas nunca tinha se atrevido a enfrentar ondas altas. Já se sentia sem forças e temeu pelo pior, até que:
De repente, surgiu de um grupo de jovens, um destemido que pulando ao mar abraçou Cássio e o trouxe de volta para a Rampa. Ufa! Foi por um triz!
E qual não foi a surpresa de Cássio ao reconhecer em seu salvador o antigo desafeto da escola, Pedro Mangola!
Dali para a frente a animosidade foi esquecida e Cássio, envergonhado, era só gratidão.